Correio Braziliense
postado em 17/04/2020 18:24
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, contou que o rombo das contas públicas está em crescimento constante devido ao aumento do impacto fiscal das medidas que estão sendo adotadas para conter os efeitos da crise desencadeada pela Covid-19, provocada pelo novo coronavírus.
Na última quarta-feira, quando apresentou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o impacto no resultado primário das medidas já anunciadas pelo governo era de R$ 224 bilhões e este valor, segundo ele passou para R$ 285,4 bilhões. “Esse valor está sendo atualizado diariamente e ele vai aumentar e isso vai implicar em custos para a sociedade”, afirmou Waldery, nesta sexta-feira (17/04), durante a apresentação do balanço do Ministério da Economia, no Palácio do Planalto. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a chamar a Covid-19, de “gripezinha” e a preocupação dos governos com a necessidade de confinamento social de “histeria”, Waldery reconheceu que a crise que está se formando é de “largas proporções”. Ele, inclusive, admitiu que a fatura vai ser grande. “Essas medidas vão implicar em custos para a sociedade e vamos atualizar sempre, sendo transparentes e cautelosos e pode ser que alguma coisa fique para 2021”, destacou.
Saiba Mais
Ao todo, as medidas anunciadas pela pasta somam R$ 1,169 trilhão, sendo que o impacto fiscal, pelas novas estimativas do governo, está em R$ 307,9 bilhões. Esse montante, segundo Waldery, inclui R$ 22,5 bilhões de renegociação da dívida de estados e municípios e que faz parte da proposta de R$ 77 bilhões feita pelo Executivo como contraproposta ao projeto de lei obriga a União a ressarcir entes federativos das perdas com arrecadação de ISS e ICMS.
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