Correio Braziliense
postado em 20/04/2020 10:52
Os Ãndices de qualidade de contratos de dÃvidas (CQ, na sigla em inglês) nos mercados emergentes melhoraram nos seis meses encerrados em março, conforme informou nesta segunda-feira (20) a agência de classificação de risco Moody's. A empresa salientou, no entanto, que o risco de fuga de capitais nesses paÃses aumentou no perÃodo por causa da pandemia de coronavÃrus.
"A pontuação média de vazamento de dinheiro dos tÃtulos emergentes caiu 4%, para 4,06 (classificação considerada fraca), nos seis meses até março de 2020", salientou o vice-presidente e diretor-sênior de Covenant da Moody's, Jake Avayou, citando especialmente operações chinesas. Com isso, metade dos 28 tÃtulos de propriedade do paÃs asiático recebeu a pontuação mais fraca de fuga de capitais, de 5.
"No entanto, vimos uma ligeira melhora geral na pontuação do CQ, para 3,25 (moderado), nos seis meses encerrados em 31 de março, de 3,35 (também moderado) nos seis meses anteriores, já que as outras cinco principais pontuações de risco melhoraram ou permaneceram os mesmos", acrescentou Avayou.
No mesmo perÃodo de avaliação, as pontuações de subordinação de garantias melhoraram, com alta de 10% para 2,57 (bom). Segundo a Moody's, houve uma proporção menor de tÃtulos chineses com quedas de dÃvida de linhas de crédito que podem ser garantidas sob as trocas de ônus.
A agência ressaltou que pontuação média de CQ permanece "consideravelmente mais forte" para os tÃtulos emergentes de fora da Europa, Oriente Médio e Ãfrica (Emea, na sigla em inglês) e da América do Norte emitidos no mesmo perÃodo em cinco das seis áreas de risco que a Moody's pontua, exceto a subordinação estrutural. A subordinação estrutural continua sendo uma área-chave de enfraquecimento, de acordo com a empresa, por causa da falta de garantias das subsidiárias operacionais onshore para tÃtulos chineses, que representaram 70% do total.
A avaliação foi feita pela agência nos seis meses até março contava com 60 tÃtulos de alto rendimento de emergentes, dos quais 46 eram de pacote completo e 14 eram de alta rentabilidade. No perÃodo, as empresas asiáticas continuaram a dominar a emissão de tÃtulos do grupo, representando 80% do total, com a fatia de companhias chinesas de 63% dos papéis do continente. A América Latina representou 13% da emissão de tÃtulos emergentes no perÃodo e a Europa emergente, 7%. Não houve tÃtulos da Ãfrica e do Oriente Médio de outubro do ano passado a março.
A pontuação CQ da Moodys combina seis fatores: vazamento de caixa, investimentos arriscados, alavancagem, subordinação de gravames, subordinação estrutural e mudança de controle. A pontuação média do CQ para os tÃtulos emergentes de janeiro de 2011 até março de 2020 é de 2,93 (moderado). O Monitor de contratos de dÃvidas emergentes faz parte da pesquisa da agência para o grupo e, segundo a empresa, esses mercados têm participação cada vez maior do espaço de investimento.
"A Moody's se esforçou para fornecer aos investidores dados comparativos de classificação nas principais regiões e grupos de emergentes, como Brasil, Rússia, Ãndia, China e Ãfrica do Sul (BRICS) e Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e Ãfrica do Sul (CIVETS), além de outros paÃses onde a indústria é considerada chave."
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