Economia

Embraer alega rescisão indevida

Correio Braziliense
postado em 26/04/2020 04:10
Fabricante brasileira investiu US$ 1,75 bi  nos três modelos da família E2

Após a Boeing ter anunciado,  ontem , o cancelamento do acordo comercial com Embraer,  a fabricante de aviões brasileira informou que a companhia norte-americana “rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação (MTA, na sigla em inglês)” e “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação”.

O acordo para a joint venture,  firmado no fim de 2017, previa o pagamento à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões, referentes a 80% da unidade de aviação comercial da companhia sediada em São José dos Campos (SP). “A empresa acredita que a Boeing adotou um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA, devido à falta de vontade em concluir a transação”, informou a Embraer em um comunicado à imprensa.

A Embraer disse que acredita estar “em total conformidade com suas obrigações previstas no MTA e que cumpriu todas as condições necessárias previstas até 24 de abril de 2020” e destacou na nota que “buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA”.

O fim das negociações entre Boeing e Embraer vem no pior momento para a empresa brasileira, que enfrenta um cenário de demanda fraca pela sua nova família de aviões, o E2, e ainda terá de encarar a crise causada pela pandemia da Covid-19, que afundou o setor aéreo. A empresa brasileira acaba de investir US$ 1,75 bilhão para desenvolver três novos modelos do E2.

Fontes do mercado dizem que a brasileira precisará de um socorro do governo (seguindo o exemplo da Boeing, que pediu ajuda de Washington) ou terá de buscar um outro acordo de venda. A maior oportunidade seria com a China, que quer crescer na aviação com a estatal China Commercial Aircraft (Comac). Em vídeo enviado ontem a funcionários, porém, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que a empresa tem liquidez “suficiente e acesso a fontes de financiamento para alavancar seus negócios”.

A joint venture na aviação comercial com a Boeing, na qual a brasileira teria 20%, era praticamente uma aposta de sobrevivência da Embraer depois que o consórcio europeu Airbus comprou o programa dos jatos C-Series da canadense Bombardier. O C-Series era uma família de aviões que competia diretamente com a Embraer. Com a rescisão do contrato com a Boeing, a Embraer, agora, brigará sozinha contra gigantes.





Caixa paga R$ 26,2 bi
em benefícios de R$ 600

A Caixa Econômica Federal informou, ontem, que creditou R$ 26,2 bilhões para 37,2 milhões de beneficiários do Auxílio Emergencial de R$ 600. Os dados foram contabilizados desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do benefício, até ontem. Nesse período, 47,8 milhões de pessoas concluíram o cadastro no site e no aplicativo do banco, por meio do qual informais, autônomos, desempregados e Microempreendedores Individuais (MEIs) podem solicitar o auxílio. Conforme os dados da Caixa, até as 20h, o site auxilio.caixa.gov.br atingiu a marca de 325,8 milhões de visitas e a central de atendimento 111 registrou 80,2 milhões de ligações. O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa teve 61,7 milhões de downloads e o aplicativo CaixaTEM, para movimentação da poupança digital, supera 46,9 milhões de downloads.





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