Correio Braziliense
postado em 27/04/2020 03:39
Na mesma reunião nesta segunda-feira em que decidiu manter a sua taxa básica de juros, a de depósitos, em -0,10%, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciou que vai quase triplicar as dÃvidas corporativas em seu balanço para 20 trilhões de ienes (US$ 186 bilhões) para facilitar o financiamento para companhias afetadas pelo novo coronavÃrus, e projetou uma contração acentuada da economia neste ano fiscal. A meta para o rendimento do JGB com vencimento de 10 anos foi mantida em torno de 0%.
A autoridade monetária estipulou esta nova meta para o portfólio de bônus corporativos e a dÃvida corporativa de prazo mais curto chamada commercial paper. Antes, a meta combinada total para esses tÃtulos era de 7,4 trilhões de ienes. O BoJ também elevou o limite por emissor de 100 bilhões em ambos os casos para 500 bilhões de ienes em commercial papers e para 300 bilhões de ienes em bônus corporativos.
Na sua reunião de polÃtica monetária anterior, em março, o banco central havia elevado as suas metas para dÃvida corporativa no balanço a proporções menores.
O aumento dá continuidade a uma série de intervenções no mercado de crédito por parte dos grandes bancos centrais do mundo.
O BoJ, além disso, se desfez da sua meta anterior de comprar cerca de 80 trilhões de ienes em bônus do governo japonês (JGBs) anualmente. A sua nova promessa é de comprar tantos bônus quanto forem necessários para manter o rendimento do tÃtulo de 10 anos em 0%.
As projeções do BoJ para a economia japonesa também sofreram alterações. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa da instituição para o ano fiscal atual, que termina em março de 2021, passou de um crescimento modesto de 0,9% para um encolhimento na faixa entre 3% e 5%. Já no caso do núcleo do Ãndice de preços ao consumidor (CPI) que exclui componentes de alimentos frescos, a projeção passou de avanço de 0,9% para um recuo na faixa entre 0,4% e 0,8%.
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