Economia

Dólar desaba 2,59% e chega a R$ 5,517, menor patamar desde a última quarta

Ibovespa, índice que mede o comportamento das principais ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), se descolou das bolsas americanas - que abriram e alta e perderam força - e fechou em alta de 3,92%, aos 81.427 pontos.

Correio Braziliense
postado em 28/04/2020 18:08
Ibovespa, índice que mede o comportamento das principais ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), se descolou das bolsas americanas - que abriram e alta e perderam força - e fechou em alta de 3,92%, aos 81.427 pontos.O mercado continua repercutindo a previsão de continuidade efetiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, à frente das decisões sobre os rumos do país, após as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro. Também pesam no suave otimismo dos investidores as expectativas do retorno à normalidade dos Estados Unidos e de alguns países europeus, em meio à pandemia pela Covid-19.

Diante desse quadro, o dólar americano, que vinha batendo sucessivos recordes, desabou 2,59%, cotado a R$ 5,517, menor patamar desde quarta-feira passada (R$ 5,309) após bater a mínima de R$ 5,472 no dia. O Ibovespa, índice que mede o comportamento das principais ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), se descolou das bolsas americanas – que abriram e alta e perderam força - e fechou em alta de 3,92%, aos 81.427 pontos.

Para Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Corretora Nova Futura, a possibilidade de controle da pandemia lá fora é um dado positivo, assim como um possível controle da crise política dentro do país “No entanto, os estrangeiros ainda vêem o país com bastante risco. A contaminação da política na economia não está fora do radar deles. O que se percebe é que existe um descolamento entre a percepção de risco dos investidores internacionais e dos nacionais”, afirma Silveira.

Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, a chancela de Guedes no Ministério da Economia deixou o mercado empolgado por saber que os planos do governo, especialmente o ajuste fiscal, continuam prioridade. “E também animou o fato de que o escolhido para o Ministério da Justiça não foi alguém ligado à família Bolsonaro, embora o presidente tenha emplacado um amigo na Policia Federal”. O mercado também gostou da iniciativa do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir inquérito para apurar as denúncias do ex-ministro Sérgio Moro”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus.

Saiba Mais

Do ponto de vista econômico, lembra Laatus, existem sinalizações importantes. “As expectativas de corte de juros pelo Banco Central também interferem positivamente nas bolsas. Ele acredita que o câmbio deverá permanecer nos atuais patamares. “É bom para a economia brasileira e para os exportadores. Estamos em momento de safra do milho, soja e algodão”, reforça. Ao final de 2020, ele aposta que o dólar deve encerrar cotado entre R$ 5 a R$ 6.

Um dado, no entanto, merece atenção daqui para frente, segundo Jefferson Laatus: “as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que está de olho no comportamento da pandemia pelo coronavírus no Brasil e poderá cancelar os voos para toda América Latina. Isso é um alerta e pode ser um motivo de preocupação”, afirma.

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