Economia

Dólar encerra o dia cotado a R$ 5,354, com queda de 2,9%

A bolsa de valores brasileira (B3) subiu 2,46%, chegando aos 83.314 pontos.

Correio Braziliense
postado em 29/04/2020 17:55
A bolsa de valores brasileira (B3) subiu 2,46%, chegando aos 83.314 pontos.O dia foi de altos e baixos no mercado financeiro, com a cotação do dólar e o comportamento das bolsas de valores oscilando ao sabor das notícias. No mercado internacional, pesaram a decisão Federal Reserve (banco central americano), de manter os juros nos Estados Unidos entre 0% e 0,25%, a queda do Produto Interno Bruto americano (-4,8%) e o anúncio da farmacêutica Gilead, de que o medicamento remdesevir pode ter bons efeitos contra o coronavírus.

No cenário doméstico, as observações presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes pela pandemia – que receberam muitas críticas - e a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, dominaram as discussões. O lado positivo, para o mercado, foi a declarada determinação do ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciada uma live pela manhã, de que mantém seu apoio ao chefe do Executivo. Ao final do dia, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 5,354 para compra e a R$ 5,355 para venda, com queda de 2,9%. A bolsa de valores brasileira (B3) subiu 2,46%, chegando aos 83.314 pontos.

André Perfeito, economista-chefe da Corretora Necton, afirma que o mercado continua de olho nas tensões políticas. Sem o desfecho do que poderá acontecer nessa queda de braço entre Executivo, Legislativo e Judiciário, não será possível avaliar com clareza o humor do investidor e as suas decisões de aplicações. “O dólar vai continuar oscilado e a bolsa, andando de lado. Não aconselho qualquer iniciativa precipitada, nesse momento, porque esse crescimento na demanda pelos papéis e consequente alta das ações tendem a não se repetir”, afirmou.

Saiba Mais

Alex Agostini, economista-chefe da Agência Austin Rating, concorda que é “difícil falar de tendência diante da turbulência em que o mundo está metido”. “Hoje, por exemplo, houve uma demanda maior pelos papéis brasileiros porque, como os juros nos EUA estão baixos, os investidores voltam os olhos para outros ativos. Mas tudo está oscilando pontualmente. Um dia, os mais procurados são os dos setores de petróleo e metalurgia, no outro, de varejo, no outro, o bancário. Ou seja, não existe um movimento único”, destacou Agostini.

Os economistas também são unânimes em dizer que estão no radar os futuros impacto da crise sanitária e o peso que terá sobre a atividade econômica, no emprego e na inflação no curto e no médio prazos. Afinal, lembram, o Brasil bateu, na terça-feira, recorde de mortos pela epidemia do coronavírus em 24 horas, com 474 óbitos. O país agora é o nono com mais mortes pelo Covid-19: são 5.017 óbitos, ante 4.637 da China, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

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