PIB na zona do euro sofre queda de 3,8% com impactos do coronavírus

Na União Europeia, a queda foi de 3,5%. Foram as maiores retrações desde o início da série histórica

Correio Braziliense

postado em 30/04/2020 11:10

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro caiu 3,8% no primeiro trimestre de 2020, segundo leitura prévia divulgada nesta quinta-feira (30/4) pela Eurostat, escritório oficial de estatística da União Europeia (UE).

Na União Europeia, a queda foi de 3,5%. Estes foram os maiores declínios já registrados na série histórica iniciada em 1995. No quarto trimestre de 2019, o PIB cresceu 0,1% na zona do euro e 0,2% na UE, o que revela os impactos da crise do coronavírus na economia.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou, em suas últimas previsões, uma contração de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para o conjunto dos 19 países da zona do euro em consequência do coronavírus. A instituição não descarta a possibilidade de um impacto ainda maior.

 

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que o colapso econômico da União Europeia terá amplitude e velocidade "sem precedentes em tempos de paz". Segundo ela, os cálculos feitos pelo banco estimam que o PIB da zona do euro vai contrair de 5% a 12% neste ano, e que a velocidade e escala da recuperação quando terminarem as quarentenas ainda são incertas. 

A França, um dos países mais afetados pelo pandemia, sofreu uma  contração de 5,8% nos três primeiros meses de 2020, em comparação com o último trimestre de 2019. Este foi o declínio mais acentuado desde o início dos registros, em 1949. Somado com a queda no PIB de 0,1% no último trimestre de 2019, o país já se encontra, tecnicamente, em recessão.

A Eurostat também divulgou nesta quinta dados sobre o desemprego na região. A taxa de desocupação na zona do euro foi de 7,4% em março. Na União Europeia, de 6,6%. Estes números representam 14,141 milhões de pessoas na EU e 12,156 milhões na zona do euro. Em comparação com fevereiro, o número de desempregados aumentou em 241 mil na EU. Na zona do euro, foram 197 mil a mais. 

*Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão