Economia

Aumentar salário de servidores na crise seria "traição" ao povo, diz Guedes

O chefe da equipe econômica reforçou que os recursos devem ser destinados a gastos essenciais, como transporte público, merenda escolar e policiamento

Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 12:32
O chefe da equipe econômica reforçou que os recursos devem ser destinados a gastos essenciais, como transporte público, merenda escolar e policiamentoO ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender o congelamento de salários de servidores públicos como contrapartida à liberação de recursos a estados e municípios. Em audiência pública na comissão mista do Congresso que discute os impactos da covid-19 no país, nesta quinta-feira (30/4), ele pediu aos senadores que fiscalizem a distribuição, para garantir que não haja uso político do dinheiro.

O chefe da equipe econômica reforçou que os recursos devem ser destinados a gastos essenciais, como transporte público, merenda escolar e policiamento.  "Nenhum outro uso que não seja relacionado ao coronavírus seria uma covardia contra o povo brasileiro", afirmou. "Se aproveitar do momento em que a população está sendo abatida por um vírus para fazer política em vez de saúde seria uma traição ao povo brasileiro. Inaceitável", completou.

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No total, segundo Guedes, o governo se propôs a desembolsar cerca de R$ 130 bilhões para ajudar governos locais. Desse valor, R$ 50 bilhões seriam por repasse direto. O resto deve ser distribuído por medidas como transferências a fundos, compensação de queda de arrecadação, reforço ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), postergação de pagamento de dívidas de juros com bancos públicos e securitização de dívidas.

A injeção direta de recursos será detalhada em projeto de lei relatado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O texto deve ser apresentado nesta quinta e votado em sessão remota do plenário no sábado (2/5). Após conversas com o ministro, nos últimos dias, o senador teria concordado em congelar os reajustes por 18 meses.

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