Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 11:15
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 43,4 pontos na passagem de março para abril, alcançando 210,5 pontos, renovando o recorde da série histórica do Ãndice, informou nesta quinta-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em meio à pandemia de covid-19, com as altas de março e abril, o IIE-Br está agora 73,7 pontos acima do recorde anterior à atual crise, de 136,8 pontos, em setembro de 2015, durante a recessão de 2014 a 2016.
Para a FGV, a pandemia tem um impacto "sem precedentes na atividade econômica e nas finanças de famÃlias e empresas". "Embora exista algum grau de certeza quanto ao inevitável declÃnio da atividade durante o perÃodo de isolamento social, há enorme incerteza quanto aos efeitos das medidas anunciadas pelo governo para minimizar a crise e quanto à velocidade possÃvel da retomada econômica após o perÃodo mais crÃtico", afirma a nota divulgada pela entidade.
O IIE-Br é construÃdo com dois componentes: o IIE-Br MÃdia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notÃcias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construÃdo a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Em abril, o componente de MÃdia subiu 34,3 pontos, para 195,3 pontos, maior nÃvel da série histórica, contribuindo em 29,9 pontos para o comportamento do Ãndice geral no mês. Já o componente de Expectativa subiu 62,3 pontos, para 225,8 pontos, segundo maior nÃvel da série - ficando atrás apenas de outubro de 2002, quando chegou a 257,5 pontos, em meio à campanha eleitoral que culminou com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, com contribuição de 13,5 pontos para a alta do IIE-Br.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.
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