Correio Braziliense
postado em 04/05/2020 11:25
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que as medidas de apoio ao setor sucroenergético "permanecem em estudos no âmbito do governo", não confirmando, portanto, declarações dadas no final de semana pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), de que uma solução já havia sido concluÃda. De acordo com Jardim, que integra a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma das bases de apoio do presidente Jair Bolsonaro, o acordo já havia sido fechado com o governo e consistiria nos aumentos da Contribuição de Intervenção de DomÃnio Econômico (Cide) e da alÃquota de importação da gasolina, combustÃvel que concorre com o etanol.
A Cide, segundo Jardim, iria para R$ 0,30 por litro, aumento de R$ 0,20 no valor atual e mesmo patamar praticado entre 2004 e 2008 no PaÃs. Desde 2015, a Cide custa R$ 0,10 por litro ao consumidor.
As declarações de Jardim provocaram crÃticas dos importadores de combustÃveis lÃquidos, que veem na decisão um movimento prejudicial ao consumidor brasileiro, que deixaria de ser beneficiado pelo baixo preços praticados atualmente no mercado internacional.
Hoje, a alÃquota de importação da gasolina é zero, e passaria para 15%, segundo o deputado.
Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavÃrus covid-19, as vendas do etanol nos postos de abastecimento despencaram cerca de 80%, enquanto da gasolina caÃram pela metade.
Os dois combustÃveis concorrem nos postos de abastecimento de todo o PaÃs.
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