Economia

Benefício emergencial: Calendário está nas mãos do Ministério da Cidadania

Segundo a Caixa, o Ministério da Economia já aprovou as novas datas de pagamento. Falta só a Cidadania aprova o cronograma de pagamentos da segunda parcela

Correio Braziliense
postado em 05/05/2020 17:08
Segundo a Caixa, o Ministério da Economia já aprovou as novas datas de pagamento. Falta só a Cidadania aprova o cronograma de pagamentos da segunda parcelaO Ministério da Economia já aprovou o calendário de pagamentos da segunda parcela do benefício emergencial de R$ 600. Agora, falta apenas o Ministério da Cidadania aprovar as novas datas de pagamento para que o cronograma seja enviado para aprovação do presidente Jair Bolsonaro e comece a ser executado.

O andamento do cronograma de pagamento da segunda parcela dos R$ 600, que é aguardado há mais de uma semana pelos mais de 50 milhões de brasileiros que já receberam o primeiro depósito do benefício emergencial, foi apresentado nesta terça-feira (05/05) pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

"Estamos muito próximos de finalizar. Depois que eu e o ministro [da Cidadania] Onyx [Lorenzoni] fecharmos um cronograma, levaremos ao presidente Jair Bolsonaro, que é quem organiza. O ministro [da Economia] Paulo Guedes já deu o ok. Já tenho o acerto com o ministro Paulo Guedes, na Economia temos o acerto via Caixa. Estamos próximos com a Cidadaniam, com o ministro Onyx. E só aí então levaremos ao presidente Jair Bolsonaro", afirmou Guimarães, garantindo, por sua vez, que essas datas devem ser anunciadas ainda nesta semana. "Esperamos que certamente nesta semana, em pouco tempo, dias no máximo", afirmou.

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Questionado sobre essas datas de pagamento em live realizada nesta terça-feira, Pedro Guimarães ainda disse que não anteciparia detalhes por conta desses acertos, que têm ocorrido, segundo ele, através de conversas intensas há pelo menos três dias. Ele adiantou, contudo, que haverá mudanças em relação ao primeiro pagamento.

A primeira parcela do benefício emergencial começou há quase um mês, mas ainda não foi concluída porque a Dataprev ainda está analisando os dados cadastrais de alguns milhões de brasileiros que pediram os R$ 600 no aplicativo da Caixa e porque o calendário dos saques em espécie só chegou a sua etapa final nesta terça-feira, com a liberação dos saques dos nascidos em novembro e dezembro.

A Caixa acredita, então, que o primeiro problema dos cadastros será resolvido automaticamente no pagamento da segunda parcela, visto que o governo já vai ter os dados dos brasileiros que têm direito ao auxílio. Mas defende mudanças em relação ao segundo problema, o dos saques físicos.

Os saques presenciais dos R$ 600 começaram na semana passada e já levaram mais de 5,2 milhões de brasilerios à Caixa, provocando filas enormes nas agências bancárias. A Caixa admite que parte dessas filas foi causada por problemas operacionais e por organização dos próprios brasileiros - problemas que, segundo o banco, também estarão resolvidos na segunda parcela, seja por conta das melhorias no aplicativo Caixa Tem ou porque os brasileiros já saberão como funcionam os mecanismos de acesso ao benefício emergencial.

O banco também acredita, contudo, que boa parte das filas também se explica pelo fato de que os saques coincidiram com o pagamento do Bolsa Família, que costuma levar outros milhões de pessoas ao banco. Por isso, pediu ao Ministério da Cidadania que esses cronogramas não coincidam novamente. O pedido foi apresentado no início dessa semana e, aparentemente, foi acatado pela Cidadania.

"Esse próximo calendário terá mudanças em relação ao atual e são mudanças fáceis de serem atendidas, por conta desses problemas", reiterou Guimarães nesta terça-feira.

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Procurado, o Ministério da Cidadania garantiu, na segunda-feira (04/05), de que os dias de pagamento da segunda parcela do benefício emergencial serão anunciados ainda nesta semana. Nesta terça, contudo, ainda não comentou o assunto.

Inicialmente, o governo informou que a segunda parcela do benefício emergencial seria paga a partir de 27 de abril. Depois, o Ministério da Cidadania chegou a anunciar a antecipação em uma semana desse pagamento. Logo depois, contudo, voltou atrás e adiou a segunda parcela. O adiamento foi explicado pelo fato de que o número de brasileiros que têm direito aos R$ 600 superou as expectativas do governo e, por isso, forçou o Executivo a ampliar o orçamento do benefício. O crédito extra necessário à essa suplementação foi liberado pela Medida Provisória 956, publicada em 24 de abril.

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