Economia

Bolsa de valores encerra em alta de 0,75% e dólar é cotado a R$ 5,588

O Índice o Dow Jones teve avanço de 0,56%

Correio Braziliense
postado em 05/05/2020 17:56
O Índice o Dow Jones teve avanço de 0,56%Os investidores seguem aflitos com as perspectivas de abertura das atividades econômicas dentro e fora do país. As notícias de novas tensões entre Estados Unidos e China, depois que o presidente americano, Donald Trump, declarou que a China foi responsável pela disseminação da pandemia pelo coronavírus, continuam repercutindo. Mas o mercado interno reforça as preocupações. Entre elas, o resultado ruim da produção industrial (despencou 9,1%), a aprovação do orçamento de guerra com menos travas fiscais que o esperado, e a divulgação do depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Igualmente no radar a crise política entre os poderes criada pelo Executivo.

Nesse cenário, os mercados oscilaram bastante ao longo do dia. Entre idas e vindas ao sabor dos acontecimentos, a bolsa de valores brasileira (B3), encerrou o dia em alta de 0,75%, aos 79.470 pontos, seguindo a bolsa americana. O Índice o Dow Jones teve avanço de 0,56%. O dólar comercial também ganhou força, com valorização de 1,23%, cotado a R$ 5,588 na compra e R$ 5,590 na venda. “Foi animador saber que países sérios da Europa estão criando um conjunto de medidas para combater o coronavírus. Mas a bolsa ainda está suscetível às questões da política interna”, destaca César Bergo, sócio-consultor da Corretora OpenInvest.

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Essa situação, de acordo com Bergo, não vai mudar tão cedo. “A expectativa é de que a moeda americana chegue no fim desse ano cotada entre R$ 5,30 e R$ 5,40. E a inflação fique em torno de 3%. No entanto, muita coisa vai depender das medidas do Banco Central. O mercado aguarda ainda dois cortes de 0,5%, o que deve levar os juros básicos da economia ao patamar histórico de 2% ano, em 2020”, destaca o economista. Ele prevê que a situação do Brasil melhore a partir de junho, mas a retomada efetiva da economia, somente em 2021.

Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, assinala que o principal motivo de “um certo otimismo dos mercados, nessa terça-terça, foram as perspectivas de abertura de algumas economia fechadas pela Covid-19”. Mas, mesmo assim, os investidores ainda estão se resguardando. “Daqui para frente ninguém sabe o que vai acontecer. Há uma série de incertezas. O que animou o mercado hoje, pode não animar amanhã, porque todos dependemos dos avanços das pesquisas e das decisões de sobre a crise sanitária”, apontou. 

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