Economia

Governo analisa ideias do exterior para ajudar bares e restaurantes

No fim de abril, a Alemanha, por exemplo, apresentou um plano econômico de 10 bilhões de euros para pagar benefícios adicionais a desempregados, e anunciou cortes de impostos para empresas

Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 06:00
mesas de bar na calçadaO governo estuda recorrer a soluções utilizadas em outros países para socorrer o setor de bares e restaurantes, um dos mais afetados pela pandemia, com estimativa de fechamento de mais de 1 milhão de postos de trabalho. Foi o que garantiu o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em conversa com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, ontem. Bianco disse estar levantando informações sobre países que estão prestando algum auxílio ao setor.

No fim de abril, a Alemanha apresentou um plano econômico de 10 bilhões de euros para pagar benefícios adicionais a desempregados, e anunciou cortes de impostos para empresas. O plano contempla redução no Imposto de Valor Agregado (VAT) no setor de gastronomia de 19% para 7% por um ano, a partir do dia 1º de julho. O socorro prevê ainda que os trabalhadores forçados a ficar em casa por causa da quarentena recebam entre 70% e 77% do salário líquido, a partir do quarto mês de desemprego. Do sétimo mês em diante, a parcela variará entre 80% e 87%.

“Países como a Alemanha estão promovendo um apoio ao setor. O secretário disse que está estudando isso. A ajuda pode vir em forma de recomposição de parte dos salários, de criação de empregos ou de outra forma. Isso está sendo levantado. Esse tipo de medida é muito importante porque o setor de bares e restaurantes gera muitos empregos e tem uma cadeia de pequenos fornecedores, que pode entrar em colapso”, disse Solmucci.

Estima-se que o número de demissões no setor já tenha passado de 1 milhão. A projeção era de que esse número fosse atingido apenas no fim de maio. Porém, com o prolongamento das regras de isolamento, o presidente da Abrasel acredita que a marca já tenha sido atingida. Segundo ele, isso representa um terço de todos os profissionais formais, que “curiosamente” estão em uma situação pior que os informais. Ele explicou que, mesmo que a reabertura ocorra, o retorno às atividades será lento.

*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi

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