Correio Braziliense
postado em 07/05/2020 04:05
Coronavírus vai transformar os ambientes do trabalho
O coronavírus vai deixar como legado mudanças radicais nos ambientes de trabalho. Daniel Cherman, presidente da incorporadora e gestora imobiliária Tishman Speyer, diz que, nos últimos anos, a tendência do mercado era o adensamento dos escritórios, com mesas compartilhadas e espaços comuns divididos por muitas pessoas. Cherman acha que, depois da pandemia, as companhias vão priorizar o distanciamento entre os funcionários, respeitando distância de dois metros entre eles. Para Ivo Wohnrath, presidente da empresa de arquitetura Athié Wohnrath, a tecnologia será fundamental na transformação dos espaços. Ele conta que, em breve, o acionamento de elevadores será feito via celular e as maçanetas deixarão de existir para dar lugar a portas com sensor – tudo para que as pessoas evitem o contato das mãos com os objetos e reduzam o risco de contaminação. Isso sem falar no home office, que vai retirar milhões de trabalhadores dos escritórios tradicionais.
Loggi dá aula de meditação
A startup de logística Loggi fechou uma parceria com a Zenklub, plataforma de saúde e bem-estar, para oferecer aos 1,1 mil funcionários sessões on-line de psicoterapia e videoaulas sobre meditação e ioga. “Chegamos à conclusão de que é necessário dar suporte para que os colaboradores cuidem de suas emoções neste momento tão peculiar”, diz Mônica Duarte, líder da área de pessoas da Loggi. Especialistas apontam o aumento do estresse como um efeito colateral do longo período de quarentena
Gap reabre lojas “agressivamente”
O Grupo Gap, que controla grifes como Athleta, Banana Republic e Old Navy, vai abrir nos próximos dias 800 de suas 2,8 mil lojas em diversos países, começando pelos Estados Unidos. “Nosso objetivo é sermos responsavelmente agressivos”, disse a diretora executiva Sonia Syngal. A Gap está em desvantagem em relação a outros varejistas. Enquanto redes como Bloomingdale’s têm boas vendas no e-commerce, a Gap obtém quase todo o seu faturamento das lojas físicas. Daí a pressa em reabrir as unidades.
Azul vai medir temperatura dos funcionários
As companhias aéreas prepararam-se para retomar as atividades e reduzir o risco de contágio do coronavírus. A Azul começará a medir nos próximos dias a temperatura dos funcionários, tanto os que trabalham em solo quanto os que estão nas aeronaves. Segundo a empresa, a medição será realizada antes do início de cada turno de trabalho. A Azul está em campanha para tranquilizar os clientes: ela garante que seus jatos vêm equipados com filtro de ar que elimina “99,99% dos vírus dentro do avião”.
440 mil
pessoas ingressaram na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, nos últimos dois meses. Mesmo com a pandemia do coronavírus – que traz insegurança – e a queda das ações, os investidores estão trocando a renda fixa pela variável
"As mudanças no comportamento do consumidor vão afetar profundamente o varejo. Precisamos ajustar o modelo de negócios e pensar em novas formas de comunicação e distribuição”
Paulo Correa, CEO da C&A
Rapidinhas
- O desempenho do Mercado Livre no primeiro trimestre animou o e-commerce brasileiro, puxando para cima as ações negociadas em bolsa de empresas como B2W, Lojas Americanas e Via Varejo. No primeiro trimestre, o faturamento líquido do Mercado Livre disparou surpreendentes 70,5% na comparação anual. Com isso, ele passou a deter 33% do e-commerce nacional.
- O preço dos imóveis subiu até durante a crise. É o que mostra o índice FipeZap, que levantou dados de 50 cidades brasileiras. A alta foi sutil. Segundo o estudo, o valor médio de apartamentos à venda avançou 0,20% em abril na comparação com o mês anterior. No acumulado de 2020, o índice FipeZap cresceu 0,69%, acima da inflação de 0,36%.
- Uma pesquisa sobre licenças-maternidade e paternidade, realizada pelo Talenses Group e pela consultoria Filhos no Currículo, revela que só 29% das empresas oferecem o benefício estendido de seis meses para mulheres. Entre as que possuem programas de licença-paternidade de 20 dias, 73% percebem a retenção de talentos como efeito positivo.
- As empresas mais inovadoras dos últimos anos estão sofrendo com a crise do coronavírus. Depois de o Airbnb eliminar 15% de suas vagas, a Uber anunciou o desligamento de 3,7 mil funcionários, o equivalente a 14% da força de trabalho. Novos cortes não estão descartados.
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