Economia

Auxílio emergencial: Cronograma da segunda parcela está com Bolsonaro

Segundo a Caixa, datas foram aprovadas pelo Ministério da Cidadania e aguardam aval do presidente para serem anunciadas

Correio Braziliense
postado em 07/05/2020 16:42
Segundo a Caixa, datas foram aprovadas pelo Ministério da Cidadania e aguardam aval do presidente para serem anunciadasO presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou nesta quinta-feira (07/05) que o Ministério da Cidadania aprovou o cronograma de pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Agora, as datas de pagamento só precisam do aval do presidente Jair Bolsonaro para serem anunciadas. Para evitar uma nova corrida às agências da Caixa, Guimarães já alertou, contudo, que esse pagamento não vai começar "de bate pronto" nesta semana.

"Eu e o ministro Onyx praticamente acertamos. Estamos levando ao presidente Bolsonaro para ele validar. A partir do momento que ele validar, nós anunciaremos. Em breve", disse o presidente da Caixa, quando questionado,  em live realizada no canal da Caixa no YouTube, sobre as datas de pagamento da segunda parcela dos R$ 600, que já é aguardada há dez dias pelos brasileiros.

Apesar de dizer que não poderia antecipar detalhes desse cronograma antes da validação do presidente Jair Bolsonaro, Pedro Guimarães ainda acabou dando dicas de como será paga a segunda parcela do auxílio emergencial. Ele disse que, para evitar a formação de novas filas nas agências da Caixa, esse pagamento será feito de força espaçada, com o tempo necessário para o ajuste da capacidade de atendimento das agências à demanda da população.

"Não vamos fazer o pagamento da segunda parcela amanhã ou no sábado. Teremos um pouco de tempo. Será feito com mais espaçamento, de acordo com o mês de nascimento", alertou Guimarães.

Ele indicou que a ideia da Caixa é pagar em um dia os trabalhadores nascidos em janeiro; depois de uns dois ou três dias, pagar os nascidos em fevereiro; e assim por diante. Ou seja, não liberar os pagamentos de janeiro em um dia e os de fevereiro já no dia seguinte, como ocorreu na primeira parcela. Afinal, como as filas mostraram nos últimos dias, nem todos os brasileiros foram às agências no dia marcado para o saque. Por isso, os grupos de pagamento acabaram se misturando e formando aglomerações nos bancos. 

E para isso tudo funcionar, lembrou Guimarães, também será preciso comunicar com calma as datas de saque para a população, o que explica o tempo entre o anúncio e o início do pagamento da segunda parcela dos R$ 600.

"Esperamos uma grande melhora, porque nossa expectativa é que, quando pagarmos janeiro, a maioria das pessoas que vá à agência seja de janeiro. Não dá dúvida de que algumas pessoas que nasceram em março ou junho também irão tentar receber. Cerca de 30% irão. Mas a maioria vai poder receber. Diferente da semana passada, quando 60% das pessoas que foram às agências não podiam receber de maneira nenhuma. Parte daquela multidão era por essa questão", alegou Guimarães, garantindo que entende o desespero da população que precisa dos R$ 600 para sobreviver em meio à pandemia do novo coronavírus e, por isso, formou filas nas agências da Caixa nos últimos dias.

Bolsa Família

O presidente da Caixa também disse que o cronograma de pagamentos do Bolsa Família não será alterado por conta dessas mudanças no calendário da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Isso significa, portanto, que os beneficiários do Bolsa Família que têm direito aos R$ 600 devem receber a segunda parcela do auxílio a partir do próximo dia 16, no mesmo dia em que receberiam o Bolsa Família.

Saiba Mais

"O Bolsa Família nós não vamos alterar o calendário. Há mais de 10 anos que não nos 10 últimos dias úteis do mês", explicou Guimarães. Ele ainda disse que o pagamento do CadÚnico também "é mais tranquilo". E indicou que o esquema de pagamentos espaçados previstos para a segunda parcela deve afetar, sobretudo, aqueles brasileiros que solicitaram o auxílio emergencial no aplicativo do governo.

Segundo o governo, dos 50,5 milhões de brasileiros que já receberam os R$ 600, 19,2 milhões são do Bolsa Família, 10,8 milhões são do CadÚnico e 20,5 milhões pediram o auxílio no aplicativo. Nesse último grupo, boa parte conseguiu movimentar os R$ 600 de forma remota, através da conta digital da Caixa. Mas 6,4 milhões apresentaram dificuldades com o aplicativo e, por isso, precisaram ir às agências ou às casas lotéricas fazer o saque em espécie dos R$ 600.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags