Economia

Pandemia pode levar Rio de Janeiro a prejuízo extra de R$ 15 bilhões

De acordo com o governo, pelo menos R$ 4 bilhões são provenientes de perdas em receitas de royalties e participações especiais de petróleo e R$ 11,7 bilhões de arrecadação em ICMS, com a desaceleração da atividade econômica

Correio Braziliense
postado em 07/05/2020 17:04
De acordo com o governo, pelo menos R$ 4 bilhões são provenientes de perdas em receitas de royalties e participações especiais de petróleo e R$ 11,7 bilhões de arrecadação em ICMS, com a desaceleração da atividade econômicaO estado do Rio de Janeiro poderá ter uma perda extra de R$ 15 bilhões em arrecadação este ano, devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A estimativa é do governo estadual, após reunião por videoconferência, nesta quinta-feira (7/5), do governador, Wilson Witzel, com representantes dos poderes Legislativo e Judiciário.

De acordo com o governo, pelo menos R$ 4 bilhões são provenientes de perdas em receitas de royalties e participações especiais de petróleo e R$ 11,7 bilhões de arrecadação em ICMS, com a desaceleração da atividade econômica.

Com isso, a previsão do déficit nas contas, que era de R$ 10 bilhões no início do ano, deve passar para R$ 25 bilhões. A redução, segundo o governo do estado, poderá gerar riscos de dificuldades para pagamentos de fornecedores e servidores já nos meses de agosto ou setembro, dependendo de como evoluir a arrecadação.

“Estamos acompanhando de perto a situação financeira do estado e analisando todas as possibilidades. Até porque os recursos advindos do pacote aprovado pelo Senado estão muito abaixo do necessário”, comentou Witzel, segundo nota divulgada pela assessoria do governo.

Saiba Mais

Ainda segundo a nota, o governo vai procurar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para tentar evitar perdas de receita nos cálculos feitos sobre a exploração de petróleo e gás no estado e também insistirá na cobrança de dívidas da Petrobras. O governo luta ainda para conseguir, junto ao Superior Tribunal de Justiça, a liberação de mais de R$ 600 milhões referentes a royalties e participações especiais dos campos Lula-Cernambi.

Participaram da videoconferência, além de integrantes do governo, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Cláudio Tavares, o defensor público-geral, Rodrigo Pacheco, e o procurador Marfan Vieira, representando o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.

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