Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 13:11
As vendas ao mercado interno e as exportações também despencaram. Os licenciamentos de veículos, de 55,7 mil unidades, foram 76% menores do que em abril de 2019, pior resultado em 20 anos. O segmento de caminhões recuou 53,5% no mesmo período, e o de máquinas caiu 23,9%. As exportações tiveram queda de 79,3% para veículos, pior volume desde janeiro de 1997, e de 62,1% para máquinas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os estoques, de 237 mil unidades, são suficientes para quatro meses de vendas, no ritmo lento atual.
O único indicador positivo é o nível de empregos diretos na indústria, que se mantém num patamar acima dos 125 mil na soma das 26 associadas da Anfavea. Porém, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, apesar do empenho da indústria automobilística, não é possível garantir os postos de trabalho. “É característica do setor segurar o emprego o máximo possível. Usamos todas as ferramentas possíveis, lay off, banco de horas, férias coletivas. Mas é difícil falar se essas ferramentas serão suficientes para segurar o emprego. Depende da retomada do mercado”, afirmou.
Saiba Mais
Segundo Moraes, a indústria está utilizando todas as medidas provisórias editadas pelo governo. “Dependendo da crise, vamos ter que estender a aplicação das MPs. Tem um custo, mas se não houver gestão, o gasto será maior com seguro-desemprego”, ponderou. O presidente da Anfavea disse ainda que é preciso proteger a saúde dos funcionários e, ao mesmo tempo, encontrar meios para que o Brasil não entre numa recessão tão grave que possa levar o país a um colapso. “Isso exige um engajamento coordenado de toda a sociedade e também do Estado brasileiro, com foco absoluto na saúde e na economia. Não é hora de ruídos políticos que só desviam as atenções do que realmente interessa à população brasileira no momento de uma crise sem precedentes.”
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