Economia

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Há uma turma aí que deseja que a economia volte na marra, mesmo se houver mais vítimas.

Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 04:41
Há uma turma aí que deseja que a economia volte na marra, mesmo se houver mais vítimas.

PayPal e Mercado Livre quebram recordes
A processadora de pagamentos PayPal tem se surpreendido com o número crescente de transações. No feriado de 1º de Maio, a companhia presente em 200 países registrou o maior volume de operações de sua história, acima de datas como a Black Friday. “Depois do coronavírus, o nosso desafio será manter a curva de crescimento”, diz Paula Paschoal, diretora-geral do PaylPal Brasil. Não é um caso único de desempenho positivo. “Ganhamos dois milhões de usuários em abril”, diz Stelleo Tolda, vice-presidente para a América Latina do Mercado Livre. O maior portal de comércio eletrônico do país notou mudanças no perfil de compras. Em março, quando a quarentena começou, os itens com maior saída eram alimentos, bebidas e produtos de higiene. Em abril, quando as pessoas perceberam que ficariam mais tempo em casa, os campeões de vendas passaram a ser equipamentos para a prática de exercícios, utensílios para cozinhar e games.




“Alguns empresários me envergonham”
O fundador de uma startup de tecnologia, que há dois anos faz sucesso no Brasil, está indignado. “Alguns empresários me envergonham”, diz ele. “Não vejo deles um gesto de solidariedade, uma demonstração de empatia com os milhares de mortos. Há uma turma aí que deseja que a economia volte na marra, mesmo se houver mais vítimas.” E prossegue: “Não existe país rico e democrático sem uma classe empresarial forte, mas nós precisamos entender que o momento é de proteção da vida.”




Setor de restaurantes demite um milhão de trabalhadores
Um estudo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), que representa 9 mil pontos comerciais no Brasil, mostra o drama do setor. Segundo a pesquisa, um em cada cinco estabelecimentos sucumbirá à pandemia; um milhão de trabalhadores foram desligados em março e abril. No ano passado, o faturamento dos restaurantes brasileiros somou R$ 400 bilhões, mas é difícil fazer projeções para 2020 diante das incertezas
sobre o fim da quarentena. Uma coisa é certa:
a queda das receitas será brutal.





José Galló, da Renner, vê recuperação só no Natal
José Galló, presidente do conselho de administração da Renner, é um executivo conhecido pelo otimismo. Por isso mesmo, chama a atenção o prognóstico feito por ele em uma videoconferência organizada pela Clear Corretora. “Uma seminormalidade deve ocorrer apenas em novembro e, certamente, o Natal será um momento muito importante para a retomada”, disse. Galló falou também sobre o que muda nos negócios depois da pandemia. “Será um novo mundo, em que teremos maior participação do on-line.”





"O que me deixa triste na crise do coronavírus é a politização abusiva. Ninguém tem razão nessas disputas”

Claudio Lottenberg, presidente do Conselho de Administração do Hospital Albert Einstein




300 milhões
de reuniões por dia são realizadas na plataforma de videoconferências Zoom. Em dezembro, eram 10 milhões.





Rapidinhas

» O Grupo Mafra, dono da marca Cremer e maior distribuidor de materiais hospitalares e medicamentos do Brasil, começa, hoje, a produção própria de máscaras no pólo industrial de Blumenau (SC). A planta tem capacidade para fabricar 100 mil unidades diárias. A ideia é que a produção da primeira semana seja doada para hospitais públicos.

» A Mag Seguros, especializada em vida e previdência, aposta no cooperativismo. No primeiro trimestre, as vendas para esse mercado cresceram 66% ante o mesmo período de 2019. “O segmento conta com seis mil cooperativas que impactam 14 milhões de pessoas”, diz Carolina Vieira, diretora da empresa.

» O Programa de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-FIA) pesquisou como a pandemia afetou a intenção de compras para o Dia das Mães. Com a crise do coronavírus, houve queda no desejo de comprar itens como máquinas de lavar (recuo de 51,5% ante 2019), perfumes (41,1%) e TVs (23,2%). Smartphones e geladeiras foram exceções (alta de 48,7% e 13,8%, respectivamente).

» Depois da Apple, agora é a vez da Samsung entrar no ramo de cartões de crédito. Segundo a empresa sul-coreana, a modalidade de pagamento fará parte de uma plataforma de gestão financeira para dispositivos móveis. O desenvolvimento do projeto começou há um ano e o lançamento está previsto para setembro.




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