Economia

Coronavírus: 91% das indústrias brasileiras tiveram impactos negativos

Sondagem da CNI mostra queda no faturamento, na produção, e dificuldades com pagamentos

Correio Braziliense
postado em 14/05/2020 14:20
IndústriaSondagem Especial elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 91% das indústrias brasileiras tiveram impactos negativos por causa da pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Um dos principais impactos, citado por 70% das empresas, foi a queda no faturamento

O segundo maior efeito da crise foi a queda na produção: 76% relataram que reduziram ou paralisaram as atividades. De acordo com os dados, 59% dos empresários estão com dificuldades para cumprir com os pagamentos correntes e 55% relataram que o acesso a capital de giro ficou mais difícil. Entre as medidas tomadas em relação à mão de obra, 15% das empresas demitiram. 

Sobre a demanda pelos produtos e serviços das empresas, três em cada quatro empresas industriais apontaram queda. Os setores que mais sofreram foram os de vestuário (82%); calçados (79%); móveis (76%); impressão e reprodução (65%); e têxteis (60%).

A crise desorganizou a estrutura logística e dificultou o acesso a insumos ou matérias primas necessários à produção. Entre os entrevistados, 77% afirmaram ter encontrado dificuldades para obter insumos ou matérias primas necessários para desenvolver sua atividade.

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Quase todas as empresas (95%) adotaram medidas em relação aos seus colaboradores em resposta à crise. As ações mais adotadas foram o afastamento de empregados do grupo de risco e a promoção de campanhas de informação e prevenção, com medidas extras de higiene na empresa, ambas adotadas por 65% das empresas industriais. 

“Nós já imaginávamos que o setor industrial sofreria bastante, pois já estava debilitado e iniciando sua recuperação, quando fomos pegos de surpresa por essa crise. Apesar disso, há um grande esforço para se manter os empregos, o que é muito importante, principalmente diante dessa nova realidade”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. 

*Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão

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