Economia

Bolsa registra queda de 1,5% logo após pedido de demissão de Teich

Saída de ministro da Saúde em menos de um mês no cargo pega mercado de surpresa e B3 inverte sinal

Correio Braziliense
postado em 15/05/2020 12:45
Saída de ministro da Saúde em menos de um mês no cargo pega mercado de surpresa e B3 inverte sinalO anúncio da renúncia do ministro da Saúde, Nelson Teich, menos de um mês no cargo, ajudou a piorar o humor dos mercados nesta sexta-feira (15/05). 

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) abriu instável e iniciava uma curva de alta, mas desabou 1,5% logo após o anúncio do pedido de exoneração do ministro, passando para o patamar de 77 mil pontos. Apesar de, poucos minutos depois reduzir a queda para 1,37%, a expectativa é que as perdas possam ser maiores ao longo do dia, porque o pedido de demissão de Teich foi uma surpresa para os operadores da bolsa. 

Saiba Mais

“A perspectiva que estamos entrando na fase mais aguda da pandemia sem um comando claro na Saúde preconiza maiores ruídos políticos”, destacou André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. 

O dólar vinha diminuindo a alta hoje e chegou a R$ 5,81, mas Perfeito aposta que a divisa norte-americana continuará valorizada. “Mantemos nossa projeção do dólar em R$ 6,30 no médio prazo”, afirmou.
 
Para Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora, a queda na Bolsa acabou não sendo tão expressiva devido à saída do ministro da Saúde, mas o fato agrava o cenário político, o que gera instabilidade no mercado de ações e no câmbio. “O que continua é a instabilidade política, com a criação de novos fato, o que não é positivo como um todo. A questão é que temos mais um fato que faz aumentar a volatilidade no mercado”, resumiu. 

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