Economia

Companhias aéreas aceitam condições de socorro ao setor, diz BNDES

Segundo o presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, as três principais empresas que atuam no país, Gol, Azul e Latam, concordaram com as condições financeiras da operação

Correio Braziliense
postado em 15/05/2020 18:15
Segundo o presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, as três principais empresas que atuam no país, Gol, Azul e Latam, concordaram com as condições financeiras da operaçãoAo divulgar o lucro líquido de R$ 5,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta sexta-feira (15/5), o presidente da instituição, Gustavo Montezano, afirmou que as companhias aéreas que operam no país aceitaram as condições de socorro ao setor. Segundo ele, Latam, Gol e Azul aderiram à proposta de crédito estabelecida pelo BNDES e pelo sindicato dos bancos. O setor é um dos que mais sofre com a pandemia de covid-19, que derrubou a demanda por passagens aéreas. “Entramos na fase de execução das propostas”, afirmou, em videoconferência.

Montezano disse que a atuação vai ser focada nas operações das companhias no Brasil e os recursos não devem ser usados para pagar credores financeiros. Todas as três terão as mesmas condições, revelou. O que se especula é que a ajuda seria de até R$ 6 bilhões, R$ 2 bilhões para cada empresa, com o BNDES aportando 40%, enquantos os bancos privados completariam o valor, em partes iguais. Procurada, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) não quis comentar.

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Segundo o balanço, o BNDES teve um resultado 4,6 vezes maior em relação ao último trimestre, quando teve lucro de R$ 1,2 bilhão. O desempenho foi é atribuído ao resultado de R$ 8,5 bilhões com participações societárias, dos quais R$ 8,1 bilhões foram desinvestimentos, principalmente, a oferta pública de ações da Petrobras em fevereiro. O resultado só não foi maior, por conta da provisão de risco de crédito, de R$ 1,7 bilhão, em função da revisão das classificações de risco de empresas dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19.

Os financiamentos feitos pelo BNDES atingiram R$ 4,1 bilhões, aumento de 10,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2019. A carteira de crédito somou R$ 442,1 bilhões, o que representa 61,6% dos ativos totais, com alta de 0,7% em relação ao fechamento de 2019, quando foi de R$ 441,8 bilhões. Montezano avaliou que o BNDES teve performance estável no segmento de crédito, porque a carteira é conservadora. “No segmento de investimentos em participações societárias, houve grande volatilidade da carteira”, disse.

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