Correio Braziliense
postado em 15/05/2020 20:00
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou nesta sexta-feira (15/5) que o Brasil tem de preservar dois organismos vivos em meio à pandemia do novo coronavírus para evitar um colapso socioeconômico no futuro: a economia e a vida. Segundo ele, no momento, “as vidas de brasileiros estão em risco e a economia também está sob ameaça”.
Guedes analisou que o atual cenário no país é complicado porque “o isolamento social protege vidas, no sentido de que nós nos afastamos um do outro, mas o isolamento econômico ameaça vidas brevemente”. “Se do ponto de vista de proteção da saúde nós temos que estar um pouco afastados, do ponto de vista da economia nós temos que estar absolutamente de mãos dadas”, destacou.
Segundo ministro da Economia, Brasil vive o drama de um pássaro que não consegue voar por ter as asas quebradas. “Uma bela imagem sobre o drama que vivemos é o pássaro que, para voar, precisa bater as duas asas. Enquanto o problema da saúde não tiver equacionado, não conseguimos voar, porque uma asa está quebrada. E, da mesma forma, com a economia não funcionando, não vai funcionar. O Brasil só vai conseguir voar batendo as duas asas e as duas asas não estão sincronizadas”, lamentou.
Dessa forma, Guedes destacou ser importante que a atividade produtiva no país possa voltar ao normal gradativamente. “Da mesma forma que o coronavírus ameaça as nossas vidas biológicas, a nossa vida econômica, social e política também é ameaçada de desorganização. Se nós soltarmos as mãos uns dos outros, essa camada civilizatória que nos permite comer todo dia, porque a supersafra flui através de estradas desimpedidas, chega aos mercados e às nossas casas… Nós temos que manter esses sinais vitais pulsando, sob risco de desorganização e colapso social e econômico lá na frente”, observou o ministro.
Em um tom otimista, Guedes destacou que “nós vamos atravessar a primeira onda da saúde, vamos nos encontrar do outro lado e vamos celebrar a vida, porque a pandemia tem início, meio e fim, e o Brasil não”. “O Brasil vai continuar e seguir, e a nossa economia é uma das poucas que tem condição de fazer um “V”. De bater no fundo e voltar”, destacou.
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“Estamos em um barco ameaçado de ser afundado por duas ondas enorme e nós estamos lutando a bordo? O que nós vamos conseguir com essa luta a bordo desse barco? Vamos salvar o barco. Quando a gente chegar em terra firme, a gente começa a brigar de novo”, acrescentou o ministro.
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