Correio Braziliense
postado em 21/05/2020 04:04
Com vendas em queda, setor de caminhões quer mais crédito
As vendas de caminhões, um dos principais termômetros do vigor econômico de um país, derreteram na crise do coronavírus. Em março e abril, o número de emplacamentos caiu 56% na comparação com a média mensal observada antes do surto da pandemia. Segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as concessionárias, nos quatro primeiros meses do ano foram vendidas 24,1 mil unidades, abaixo das 29,8 mil do ano passado. Mais uma vez, algum fôlego virá do agronegócio, que tem resistido bravamente à crise. De acordo com executivos do setor, o transporte de bebidas, alimentos em geral e produtos químicos e farmacêuticos também tem potencial para compensar parte das perdas. E só. Para as montadoras, facilitar o acesso a programas de crédito será a única maneira de evitar uma catástrofe completa em 2020. Cerca de 90% das vendas de caminhões são a prazo, mas a pandemia do coronavírus deverá elevar esse patamar para quase 100%.
Na crise, Walmart fatura US$ 11 bilhões a mais
Se existe uma empresa que não sabe o que é crise em 2020, esta companhia é o Walmart. No trimestre encerrado em abril, o gigante americano faturou US$ 11 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado. A demanda foi tão grande que obrigou o Walmart a contratar 235 mil funcionários – é mais do que o dobro da força de trabalho do Banco Itaú. Desde o início do surto do coronavírus, as vendas do e-commerce aceleraram 74%. Mesmo com muitas lojas fechadas, as vendas presenciais subiram 10%.
Funcionários voltam para casa um dia depois de retornar ao trabalho
Enquanto não surgir uma vacina ou remédio que destrua a covid-19, o medo persistirá nos ambientes de trabalho. Em São Paulo, funcionários de um grande escritório de advocacia voltaram à sede da empresa na segunda-feira, mas, no dia seguinte, um deles testou positivo para o coronavírus. Resultado: todos os colaboradores foram mandados de volta para casa. Algo parecido aconteceu em uma fábrica da Ford, em Chicago (EUA), que suspendeu as atividades um dia depois da reabertura.
Azul vai aumentar voos em junho
A companhia aérea Azul trouxe um pouco de otimismo para um setor em colapso. Em um discreto comunicado, a empresa informou que aumentará em 46% o número de voos diários a partir de junho. No dia 15, os aeroportos de Congonhas (SP), Aracaju (SE) e Natal (RN) voltarão a receber voos da companhia. No dia 22, será a vez de Rondonópolis (MT). É um alento, mas a situação continua dramática. Mesmo com a retomada, as operações em junho de 2020 serão 80% menores do que as de junho de 2019.
» A Vale assinou uma parceria com a prefeitura de Belo Horizonte para o uso de drones no combate à dengue. A partir de junho, os aparelhos voadores lançarão larvicidas em locais de difícil acesso da capital mineira. Segundo a mineradora, a ação repete o acerto feito com a prefeitura de Brumadinho, que iniciou a utilização de drones em setembro de 2019. O projeto custará R$ 10 milhões.
» A caderneta de poupança voltou a atrair investidores. Na crise, os brasileiros passaram a mirar ativos menos arriscados. Em abril, o ingresso líquido de recursos (diferença entre depósitos e saques) foi de R$ 30,4 bilhões. É o melhor resultado desde 1985, quando o Banco Central iniciou a série histórica.
» A empresa de marketing Act10n vislumbrou uma oportunidade na onda de lives: oferecer para o mundo corporativo shows de artistas consagrados. O serviço inclui cenário, iluminação e produção audiovisual para companhias que desejam contratar atrações virtuais para colaboradores durante a crise do coronavírus.
» Fundada em São Paulo em 2016, a Act10n pertence ao empresário Marcus Buaiz, casado com a cantora Wanessa Camargo e que foi sócio de Ronaldo Fenômeno na agência de marketing 9ine. Entre os clientes da Act10n estão nomes como a atriz Paolla Oliveira, o jogador Neymar e a cantora Claudia Leite.
“Nossas visões não mudaram. Continuamos pessimistas com o real, com meta
inalterada de dólar a R$ 6,20”
Trecho de relatório do Crédit Suisse distribuído a clientes. No mesmo documento, o banco suíço refere-se ao real como “moeda tóxica”
4,9 milhões
de empregos são gerados pelo setor cultural brasileiro, que responde por 2,64% do PIB. Os números revelam, portanto, que não se trata de uma área que deva ser negligenciada pelo governo
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