Jailson R. Sena*
postado em 22/05/2020 14:50

A crise econômica no Brasil é a principal preocupação em três recortes trabalhados pela consultoria na condução do levantamento: homens (37%), participantes mais ricos (36%) e para pessoas acima de 50 anos (41%). "O fato de entrevistados de renda alta apresentarem índices menores de preocupação classificada como extrema em relação à economia pode estar associada às melhores condições que eles possuam para o enfrentamento da pandemia em si", afirma Fábio Tadeu Araújo, economista e sócio-diretor da BRAIN.
Tadeu explica que os mais jovens não se preocupam tanto em relação ao momento econômico por já estarem acostumados às adversidades econômicas e possuem maior atenção com a saúde dos próximos.;Os jovens estão muito mais preocupados em infectar alguém da família e possuem bem menos preocupação consigo mesmo por saberem que terão mais tempo pela frente", pontua. No que diz respeito à relação saúde e trabalho, avalia, a situação é mais delicada: "Quem está numa idade a partir dos 50 anos, além de ter medo de contrair a covid-19, está mais vulnerável a ter outras doenças como diabetes e questões cardíacas. Com isso, a recolocação no mercado de trabalho fica mais complicada;.
[SAIBAMAIS]A pesquisa ainda revela que, sobre o auxílio emergencial de R$ 600, 43% alegaram interesse de se cadastrar no programa, sendo que, destes, 51% têm até 30 anos. ;O motivo de serem os jovens a pedir esse auxílio é que, em geral nas crises econômicas, eles são os primeiros a serem demitidos por ter menos experiência e capacidade técnica acumulada do que pessoas um pouco mais velhas;, explica Fábio. Além disso, 17% dos entrevistados precisarão de atividade remunerada após a pandemia e, entre eles, 26% dizem que devem buscar o setor de vendas.