A nova projeção do governo federal para o déficit primário deste ano foi apresentada pelo Relatório de Avaliação Bimestral de Receitas e Despesas do Ministério da Economia e considera o aumento de despesas, além da frustração de receitas, provenientes da crise da covid-19.
De um lado, o governo projeta um aumento de R$ 267 bilhões nas despesas primárias, por conta do custo das medidas de enfrentamento à crise sanitária e econômica do novo coronavírus, como a transferência de R$ 60 bilhões para os estados e os municípios e a transferência de mais de R$ 120 bilhões à população de baixa renda através do auxílio emergencial. E, por outro lado, estima uma redução de R$ 111 bilhões das receitas líquidas, influenciada, sobretudo, pela queda da arrecadação provocada pela desaceleração econômica causada pelo novo coronavírus.