Economia

Bolsonaro fala em mais 2 parcelas de auxílio 'para ver se economia pega'

Presidente diz estar negociando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar mais dois meses de socorro a desempregados e autônomos

Correio Braziliense
postado em 22/05/2020 20:01
Presidente diz estar negociando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar mais dois meses de socorro a desempregados e autônomosO presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de que o auxílio emergencial para desempregado e autônomos seja prorrogado e que o governo federal repasse mais duas parcelas do benefício. Segundo ele, as eventuais parcelas adicionais teriam um valor inferior a R$ 600 e seriam importantes “para ver se a economia pega”.

“Conversei com o (ministro da Economia) Paulo Guedes. Vamos ter que dar uma amortecida. Vai ter quarta parcela, mas não de R$ 600. Não sei quanto vai ser, R$ 300, R$ 400. E talvez a quinta. Talvez seja R$ 300, R$ 200. Até para ver se a economia pega. Não podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões que foram gastos agora dessa forma. Isso vai impactar nossa dívida no Tesouro, e para ver se a economia pega”, afirmou Bolsonaro durante entrevista à Rádio Jovem Pan, na noite desta sexta-feira (22/5).

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O presidente lamentou o estrago econômico provocado pela pandemia do novo coronavírus, e voltou a reclamar da atuação de governadores e prefeitos em meio à crise de covid-19. “O estrago que alguns fizeram, precocemente, fechando tudo como se tivesse competição entre uma prefeitura e outra... Quem está mais preocupado de defender a vida de quem está lá dentro se esqueceu do segundo problema. É dois problemas para tratar. Há 60 dias venho falando disso daí. O problema da vida, que tem a ver com vírus, e a questão da economia, que é com emprego. Ignoraram. Ficaram 100% na vida”, criticou o presidente.

Bolsonaro disse que nem todos os brasileiros têm condições de ficar em casa. Enquanto uns “ficam assistindo Netflix, pedindo pizza e tendo aula de francês”, outros “não têm nem pipoca na geladeira, quando muito, uma garrafa de água da torneira”. 

“Se a economia chegar a um ponto tal, de se arrebentar e não pegar mais… Porque tudo tem um limite. Se todo dia tiro um grão de feijão do teu prato, vai chegar um dia na cama. É muito bonito falar: “fique em casa”. É lindo, né? “Cuide da vida”. Mas a massa da população, os informais, está crescendo cada vez mais”, ponderou.

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