Economia

"Nós vamos arrebentar na venda de aeroportos", diz Freitas

Em live com diretores do Santander, ministro da Infraestrutura garante que, mesmo com a demanda por voos em queda, a concessão de terminais aeroportuários permanece na agenda

Correio Braziliense
postado em 25/05/2020 17:01
Em live com diretores do Santander, ministro da Infraestrutura garante que, mesmo com a demanda por voos em queda, a concessão de terminais aeroportuários permanece na agendaO ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse, nesta segunda-feira (25/5), que a venda de terminais aeroportuários continua na agenda de concessões do governo federal, apesar da violenta queda na demanda por voos. “Nós vamos arrebentar na venda de aeroportos. Por uma razão muito simples: ousadia. Todo mundo está tirando aeroportos da praça e nós vamos colocar, seremos vendedor exclusivos no mundo”, afirmou, durante live com diretores do banco Santander. 

Segundo o ministro, o setor é um dos mais atingidos, por ser vulnerável à questão comportamental. “Temos protocolos de segurança, aos poucos o movimento vai retornar. Nós estamos adequando a demanda e vamos acabar com uma restrição, que era obrigatoriedade de 15% do capital de um operador aeroportuário. Agora vamos permitir que qualquer um possa fazer uma oferta por um aeroporto, basta um suporte técnico com operador, o que abre espaço para fundos de investimentos, soberanos e de pensão possam fazer investimentos em aeroportos, para que os leilões possam ser um sucesso”, ressaltou.

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“A gente vai conseguir vender todos os aeroportos que estão na carteira, começando, na sexta-rodada, que deve ir para o mercado no primeiro trimestre do ano que vem”, disse. O Minfra estima leilão em março de 2021. “Na sequência virão Viracopos e São Gonçalo do Amarante (dois terminais devolvidos pelos concessionários). E, na 7ª rodada, Congonhas e Santos Dumont. Quem é que vai deixar de fazer um bid (proposta) nesses dois?”, indagou Freitas. 

O ministro reiterou que o Brasil tem excelentes ativos em um amplo portfólio e que os contratos estão cada vez mais sofisticados na sua estruturação. “Estamos com uma matriz de risco cada vez mais equilibrada, temos instrumentos para tratamento do risco cambial, instrumentos financeiros, com o PL (projeto de lei) de debêntures, mais um estímulo para funding. Há modernização do swap cambial. Estamos criando um ambiente de negócios favorável para o investidor”, assinalou.

Freitas assegurou que o governo vai entregar o que o setor privado precisa e que não faltará crédito. “O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) se estruturou para atuar na questão das garantias e sindicalização, nesta esteira na qual estão oferecendo crédito para quem precisa, então preserva capital futuro para infraestrutura”, afirmou. 

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