Correio Braziliense
postado em 26/05/2020 18:56
Mais afetado pela crise do novo coronavírus, o setor aéreo dá sinais de que não terá muito mais fôlego sem ajuda do governo. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), governos da América do Norte deram um socorro da ordem de 25% da receita de 2019 do setor, enquanto na América Latina o percentual é de ínfimo 0,8%. No Brasil, a ajuda ainda não saiu do papel. O atraso pode comprometer as companhias. O Grupo Latam entrou com pedido de recuperação nos Estados Unidos. Ao comentar sobre a Latam, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que está preocupado com o setor aéreo, mas que há uma confiança do mercado sobre com foi estruturada a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com um sindicato de bancos. “As empresas estão se articulando. Existe uma questão sobre garantias e uma parte do risco vai ser do mercado. Então, as empresas têm que ir ao mercado para tomar parte do crédito”, destacou.
Saiba Mais
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou, durante a divulgação dos resultados do banco, que a instituição enviou propostas para as três empresas e todas as três -- Gol, Azul e Latam -- aceitaram. “Como são listadas na Bolsa de Valores, há restrição de dar volume e condições das operações, que serão divulgadas pelas próprias companhias”, disse. Procurado ontem, o BNDES disse que “continua a negociar um apoio à Latam, a partir dos moldes já propostos às três grandes companhias aéreas”.
A Azul confirmou que recebeu a proposta do BNDES, “mas continua em negociações e ainda não há novidades para anunciar”. A Gol disse que recebeu, no dia 12 de maio, a documentação com as principais condições da operação. “A confirmação oficializada pela Gol não representa a aceitação dos termos propostos pelo BNDES e pelo sindicato de bancos, os quais serão objeto de discussões e negociações entre as partes ao longo das próximas semanas”.
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