Economia

Banco Central: crédito se mantém estável em abril e taxas de juros caem

Com ajuste sazonal, no entanto, há queda nas concessões de 16,5% no mês, refletindo a dificuldade para conseguir crédito. Juros recuam, mas taxa média fica em 21,5% ao ano

Correio Braziliense
postado em 28/05/2020 10:58
Banco CentralEm abril, o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 10,8 trilhões, aumento de 0,6% no mês. Na comparação interanual, variou 13,7%. Para empresas e famílias, o crédito alcançou R$ 6,3 trilhões, com crescimento de 1,8% no mês e de 17,8% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28/5) pelo Banco Central.

A taxa média de juros das operações contratadas em abril ficou em 21,5% ao ano (a.a.), com quedas de 1,2 ponto percentual (p.p.) no mês e de 3,5 p.p. em 12 meses. O spread (diferença entre a taxa de captação do dinheiro pelo banco e a de concessão do crédito ao cliente) geral das taxas de juros ficou em 17,2 p.p., com recuos de 0,8 p.p. e 1,6 p.p., nas mesmas comparações.

Quando as concessões são dessazonalizadas, no entanto, houve queda de 16,5%, com recuo de 21,1% para pessoas jurídicas e de redução de 13,2% para pessoas físicas. No acumulado do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, as concessões totais cresceram 13,2%, compostas por expansões de 24,2% para pessoas jurídicas e de 4% a pessoas físicas.  

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) totalizou R$ 3,6 trilhões em abril, com estabilidade no mês, como decorrência da expansão de 1,2% na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,6 trilhão), compensada por redução de 0,9% no saldo de pessoas físicas (R$ 2 trilhões). Como consequência, o crescimento em 12 manteve-se em 9,6%. 

Na comparação interanual, o saldo com pessoas jurídicas acelerou de 7% para 9,5%, de março para abril, enquanto o de pessoas físicas passou de 11,7% para 9,7% no mesmo período.

O crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$ 993 bilhões, crescendo 1,4% no mês e 24,7% em 12 meses. As modalidades de maior destaque foram capital de giro, financiamentos a exportações e adiantamentos sobre contratos de câmbio.

No crédito direcionado, a carteira de pessoas físicas alcançou R$ 925 bilhões, expansões de 0,6% no mês e de 7,6% em 12 meses. O saldo das operações com pessoas jurídicas cresceu 0,9% no mês e manteve contração na comparação interanual, -9,9%, situando-se em R$ 562 bilhões em abril.


Famílias


No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 31,3% ao ano, redução de 2 p.p. no mês e de 7 p.p. na comparação interanual. No crédito às famílias, a taxa média de juros atingiu 44,5% a.a., declínio de 1,7 p.p. no mês.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags