Correio Braziliense
postado em 30/05/2020 04:04
O ministro a Economia, Paulo Guedes pediu colaboração para que o país possa voltar a crescer. Segundo ele, as pessoas não devem “se jogar umas contra as outras” e é preciso que os críticos deem trégua ao governo. “O vírus veio de fora e está atacando o mundo inteiro. É cretino atacar o governo do próprio país, em vez de ajudar em um momento desses. Ninguém quer apoio a erros”, afirmou o ministro.
Guedes, que participava de uma vídeoconferência quando os dados vieram a público, delegou à sociedade brasileira a responsabilidade de definir se a saída da crise será rápida, com os gráficos se comportamento na forma de um V, como ele mesmo já chegou a apostar.
“Caímos rápido, e a volta depende de nós mesmos. Eu falo em V porque os sinais vitais da economia estão mantidos. Mas, evidentemente, dependendo de nossa reação, pode ser um U ou pode ser até um L, cair e virar uma depressão. Só depende de nós. Eu prefiro ainda trabalhar com o V. Pode ser um V meio torto? Pode, mas ainda é um V”, disse.
Se o comportamento futuro da economia é incerto, o que já aconteceu até agora em decorrência do coronavírus está claro para a equipe de Guedes. “O resultado negativo da atividade econômica no primeiro trimestre, embora esperado, lamentavelmente coloca fim a recuperação econômica em curso desde o começo de 2017”, diz nota técnica divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
“Os impactos iniciais da pandemia na economia a partir de março deste ano reverteram os bons indicadores de emprego, arrecadação e atividade do primeiro bimestre, levando a variação do PIB para o terreno negativo”, acrescenta a nota. “Os efeitos danosos sobre a saúde da população brasileira e da nossa economia ainda persistem. Dessa forma, o resultado econômico da atividade no segundo trimestre será ainda pior”, afirma o documento.
Guedes reconheceu que a economia de usinais de enfraquecimento antes mesmo dos decretos de isolamento social. Porém, se disse preocupado com a duração e o efeito da quarentena. “Quanto mais tempo demorarmos o isolamento social, conceitualmente falando estamos melhorando a saúde, mas estaremos aumentando o impacto dessa onda. Ficando meses com a produção reduzida, você pode entrar em uma recessão e pode, inclusive, virar uma depressão”, afirmou. (MB)
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