Economia

Bolsa supera 90 mil pontos nesta terça-feira; dólar cai e vai a R$ 5,21

A diminuição das chances de uma "segunda onda" de contaminação por covid-19 no mundo e reabertura das economias causaram alívio nos mercados financeiros

Correio Braziliense
postado em 02/06/2020 19:38
A diminuição das chances de uma Seguindo a tendência de alta dos últimos dias, a bolsa brasileira, a B3, teve mais um pregão positivo nesta terça-feira (2/06), desta vez passando dos 90 mil pontos. O índice Ibovespa encerrou em alta 2,74% a 91.046 pontos, patamar que não era alcançado desde o início de março. Já o dólar comercial teve queda de 3,25% e fechou em R$ 5,21.

A alta na bolsa foi um reflexo do otimismo no mercado internacional com a reabertura de comércios e estabilização no número de casos do novo coronavírus na Ásia e Europa. Entre os dias 14 de maio e 1º de junho, a província chinesa de Wuhan, onde a pandemia começou, fez 10 milhões de testes para detectar covid-19. Apenas 300 casos assintomáticos foram registrados.

Alexandre Amorim, gestor de investimentos da ParMais avalia que a estabilização dos casos provoca um clima de alívio no mercado, que temia por uma segunda onda de contágios. "De fato, os investidores estão mais otimistas com o ritmo de reabertura das economias e o medo que existia de a economia demorar mais a abrir está se dissipando. Os testes em Wuhan indicaram poucos casos. Isso vai tirando o medo de uma segunda onda do vírus. A alta que vemos agora é, provavelmente, reflexo também dos estímulos monetários dos Bancos Centrais pelo mundo", disse ele.

Amorim também conta que a alta nas ações da bolsa brasileira foi generalizada, mas destaca que as principais altas ocorreram nos papéis de empresas que tiveram os maiores impactos por causa da quarentena, como agências de viagens, por exemplo. "Foi uma alta generalizada. Alguns setores que tinham sofrido mais voltaram a subir. Tivemos altas nas empresas aéreas, construção, educação, ontem teve alta em bancos. Mas, em geral, é um retorno dos setores que mais sofreriam com uma economia fechada, como turismo".

Saiba Mais

No cenário político, os investidores viram com alívio a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, que negou a o pedido de deputados de oposição ao governo para apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro. Porém, de acordo com Alexandre Amorim, ainda não se sabe quais serão as consequências das manifestações que começaram nos EUA contra a morte de George Floyd, um homem negro desarmado por um policial branco em Minneapolis.

Além disso, há a crise entre o presidente americano Donald Trump e a China. Ambos têm trocado farpas nas últimas semanas e intensificado os discursos. Trump chegou a prometer medidas econômicas firmes contra o país asiático, que não foram efetivadas. "Esse conflito tem riscos, assim como os protestos, até onde pode ir. Nova York, por exemplo, ainda está em quarentena e tem gente na rua protestando. Não se sabe se isso poderia causar um aumento no número de casos, o que seria negativo", completou Alexandre.


*Estagiários sob a supervisão de Vicente Nunes

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