Correio Braziliense
postado em 04/06/2020 04:05
O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, disse que o número de fraudes que já foram identificadas no pagamento do auxílio emergencial está abaixo do que era esperado pelo banco. “Temos 25% só do que esperávamos de fraude. Então, reduzimos... Há um volume de fraudes inferior ao que esperávamos”, afirmou o executivo, ao ser questionado sobre os indícios de irregularidade que foram apontados pelo TCU.O presidente da Caixa referiu-se, contudo, às fraudes que podem ocorrer diante da apresentação de documentos falsos nas agências. E disse que não poderia responder sobre as fraudes cadastrais que vêm sendo identificadas pelo TCU e também pela Controladoria-Geral da União (CGU). Ou seja, ao pagamento dos R$ 600 a pessoas que não têm direito ao benefício, mas conseguiram passar pela avaliação cadastral do governo, como presidiários, foragidos da justiça, doadores de campanha, sócios de empresas e brasileiros que moram no exterior.
Aplicativo
Em transmissão pela internet promovida pela Caixa, Guimarães alegou que o número de fraudes no balcão das agências poderia ser maior caso o aplicativo de cadastramento do auxílio emergencial não avaliasse a veracidade dos documentos apresentados pelos brasileiros que querem receber os R$ 600, e caso a Caixa não fizesse a reanálise desses documentos na hora do saque em espécie do benefício, já nas agências bancárias.
“O percentual de fraude que temos no pagamento é muito baixo. Dos 60 milhões que estamos pagando, o número de fraudes é menos de 0,001%, exatamente por causa da tecnologia, do cuidado da Caixa e pela própria índole dos brasileiros”, afirmou.
Guimarães alegou que a Caixa só é responsável pelo recebimento dos cadastros e pelo pagamento de quem foi aprovado para receber os R$ 600. Cabe à Dataprev e ao Ministério da Cidadania avaliar os dados apresentados e comparar as informações com as bases oficiais do governo para identificar quem, de fato, tem direito ao benefício.
“De maneira muito clara, temos divisão dos trabalhos. À Caixa, coube a realização do aplicativo de cadastramento. E, como vimos, 107 milhões de pessoas se cadastraram. Ao Ministério da Cidadania e à Dataprev, cabe a análise do cadastro. Depois da análise, a Caixa só recebe uma informação simples: se a pessoa tem direito a receber ou não e se são R$ 600 ou R$ 1,2 mil. Então, depois pagamos”, afirmou Guimarães. (MB)
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