Correio Braziliense
postado em 05/06/2020 16:18
A maior parte dos pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 foi realizada no Sudeste do Brasil. Dados apresentados nesta sexta-feira (05/06) pela Caixa Econômica Federal (CEF) mostram que a região ficou com 36,1% dos R$ 76,6 bilhões que foram transferidos para a população brasileira através do programa até agora.
Segundo a Caixa, R$ 76,6 bilhões já foram pagos a 58,6 milhões de brasileiros pelo auxílio emergencial de R$ 600. É praticamente a metade do orçamento que o governo disponibilizou para o programa, com o intuito de ajudar os trabalhadores durante a pandemia do novo coronavírus.
O balanço do banco que avalia a distribuição regional desses recursos, contudo, mostra que R$ 27,7 bilhões dessas transferências foram para a região Sudeste, sendo R$ 13,25 bilhões apenas para o estado de São Paulo, que, por isso, levou sozinho 17,3% de todo o orçamento do auxílio emergencial até agora.
Já a região Nordeste, que, como a própria Caixa reconhece, concentra a maior parte da população de mais baixa renda do Brasil, recebeu um pouco menos: R$ 27,4 bilhões, ou 35,7% de tudo o que já foi pago pelos R$ 600 até agora.
O restante das transferências foi dividida da seguinte forma: R$ 8,3 bilhões, ou 10,9% do total, para o Norte; R$ 7,8 bilhões, ou 10,2%, para o Sul; e 5,4 bilhões, ou 7,1%, para o Centro-Oeste.
Em termos estaduais, enquanto São Paulo recebeu a maior parte dos recursos, o Acre ficou com a menor parcela do benefício. O estado recebeu R$ 390 milhões, ou seja 0,5% dos R$ 76,6 bilhões que já foram pagos pelo auxílio emergencial até agora. Já o Distrito Federal recebeu R$ 810 milhões, 1,1% do total.
Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães explicou que a maior parte dos pagamentos foi feito no Sudeste porque a região tem uma população maior que a do Nordeste. Mas ressaltou que, como a maior parte da população carente está no Nordeste, os valores recebidos por essas regiões são próximos.
Saiba Mais
Recentemente, contudo, também vieram à tona denúncias sobre a transferência indevida dos R$ 600 para brasileiros de classe média que não tinham direito ao benefício. Segundo o Tribunal de Conta da União (TCU), de 6 milhões a 8,1 milhões de pessoas podem ter recebido o auxílio de forma indevida.
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