Fux afirmou que entende a ânsia social de volta das atividades, mas ele lembrou que a doença continua avançando nos estados e municípios. "É claro que há uma preocupação natural para a retomada econômica. Mas a retomada da economia não pode ser levada a efeito desta contaminação pela pandemia", afirmou.
O ministro lembrou que o Supremo entende que os governos municipais e estaduais têm competência para definir sobre medidas de isolamento, e que não cabe ao governo federal definir ações locais sobre o comércio. "Num confronto entre a competência do Estado e a competência do município, permanece o interesse local. Pois o lucro que estamos tratando é a saúde pública", completou. O presidente Jair Bolsonaro defende a retomada da economia, mesmo com o avanço do número de mortos e infectados.
Fux chegou a dizer que a decisão do STF, no começo, gerou "incompreensão do governo federal", mas que a Corte seguiu o que determina o Estado democrático de direito. Ele lembrou orientações do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende o isolamento social e a quarentena. "Os ônibus são lotados, com pessoas em pé nos ônibus. Um ambiente propício para a contaminação... O Estado não tem, hoje, um panorama homogêneo, mas sim heterogêneo. Como a União poderá dispor sobre Manaus, que tem um caos, poucos recursos, faltam remédios? Em recente conversa com o ministro Mandetta, ele afirmou que o grande problema é a falta de insumos", disse.
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O ministro fez as declarações durante live realizada pela Associação Brasileira de Franchising.