Correio Braziliense
postado em 12/06/2020 04:13
“Todas as nossas obras continuam”
A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) lançou o programa Estímulo 2020 para levar crédito barato a pequenas empresas. Uma das patrocinadoras do projeto é a construtora mineira Barbosa Mello. Na entrevista a seguir, Guilherme Teixeira, presidente da empresa, fala sobre a iniciativa e as perspectivas do setor.
Em que consiste o movimento Estímulo 2020 e como a empresa participa do projeto?
Trata-se de um projeto que utiliza uma plataforma totalmente digital, e que vai oferecer capital de giro no valor equivalente a até um mês de faturamento das empresas, com juros de 7% ao ano, carência de três meses para o principal e pagamento em até 15 vezes. A Barbosa Mello e seus acionistas contribuíram com R$ 1 milhão para esta iniciativa.
Qual foi o impacto da pandemia nos negócios?
Com apenas uma exceção, todas as nossas obras continuam operando normalmente, dentro das políticas de segurança estabelecidas em função da pandemia. A Barbosa Mello teve um impacto relativamente pequeno nas receitas. Entendemos que seremos pouco afetados. Neste período, conseguimos, inclusive, fechar novos contratos.
Como será a retomada no setor da construção?
O setor de construção pesada vem passando por uma crise há 4 anos, mas iniciamos 2020 com boas perspectivas de crescimento. A chegada da pandemia trouxe algumas incertezas. Como nossa área é considerada essencial, a maioria das empresas continua trabalhando normalmente.
Crise não chega à navegação marítima
O grupo CMA CGM, um dos quatro grandes da navegação marítima global, não sentiu os impactos da pandemia do coronavírus. No primeiro trimestre, o Ebitda ajustado cresceu 25% sobre o mesmo período do ano passado e o lucro líquido chegou a US$ 48 milhões. Mais surpreendente é que, no segundo trimestre, a direção prevê performance melhor, em função dos valores dos fretes e do corte de custos. O grupo, que tem faturamento global de US$ 30 bilhões, opera no Brasil através da subsidiária Mercosul Line.
Para Airbnb, turismo vai mudar
O Airbnb detectou uma mudança curiosa entre os clientes. Reservas feitas nas últimas semanas em países como Alemanha, Estados Unidos e Portugal mostraram que as pessoas passaram a priorizar viagens curtas, de até 300 quilômetros de distância do ponto de partida. Ou seja: no pós-pandemia os turistas vão viajar provavelmente de carro e evitar aviões. A boa notícia é que, segundo o Airbnb, as reservas feitas entre 17 de maio e 3 de junho superaram as realizadas no mesmo período de 2019.
“Trabalhar a partir de qualquer lugar é ressignificar como priorizamos o nosso tempo. É nos desconectarmos de nossos antigos horários e do estresse associado a eles e permitir que nosso trabalho aconteça onde quisermos”
Guilherme Benchimol,
fundador e presidente da XP, em comunicado enviado a funcionários. A ideia do executivo é adotar o home office para sempre
52%
dos shoppings já reabriram no Brasil, segundo dados da Abrasce, a associação do setor. A previsão é de que, até o final do mês, o percentual chegue a 90%
Rapidinhas
A empresa de óleo e gás Ocyan recebeu 106 inscrições de startups brasileiras para os cinco desafios apresentados dentro da plataforma de inovação tecnológica da companhia. Duas representantes do Distrito Federal (Solentech e TCI-CFK) foram selecionadas para participar do Pitch Day, evento em que são apresentados os projetos para uma bancada de jurados.
Muitos analistas têm afirmado que o mundo será diferente no pós-pandemia, mas as imagens das cidades reabertas mostram o contrário. Bares lotados, pessoas sem máscaras, aglomerações em shoppings –– tudo permanece exatamente como antes. Leituras apressadas da realidade costumam induzir ao erro. Parece que é o caso agora.
O Assaí Atacadista contratou 169 profissionais para uma nova função: auxiliar de qualidade. A missão dos profissionais é assegurar que as medidas de segurança adotadas pela rede contra a covid-19 sejam cumpridas. Eles verificam a higienização dos carrinhos, o uso correto de máscaras e a distância entre clientes nas filas.
O Grupo São Marcos, que há quase 80 anos atua na área de medicina diagnóstica, passará a integrar a rede de laboratórios da Dasa, líder do setor no Brasil. A união, que era negociada desde agosto de 2019, marcará a chegada da Dasa em Minas Gerais, estado onde ainda não atuava com unidades próprias.
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