Correio Braziliense
postado em 12/06/2020 09:49
O dólar voltou a operar acima dos R$ 5 nesta sexta-feira (12/6), diante do temor de que a retomada gradual das atividades econômicas provoque uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus mundo afora. O receio já derrubou bolsas de todo o mundo nessa quinta-feira (11/6), mas, como a Bolsa de Valores de São Paulo estava fechada devido ao feriado de Corpus Christi, será sentido por aqui nesta sexta.O câmbio brasileiro foi afetado por esse pessimismo do mercado financeiro logo na reabertura das negociações. O dólar, que já havia fechado a quarta-feira (10/06) em alta de 0,92%, cotado a R$ 4,93, disparou cerca de 3% no início do pregão desta sexta-feira e chegou a bater os R$ 5,11 por volta das 9h10. Depois do susto inicial, contudo, essa disparada perdeu um pouco de força. Às 9h30, o dólar operava com uma alta de 1,5%, cotado a R$ 5,05.
Há uma semana, no entanto, o dólar não operava nesse patamar, acima dos R$ 5. Por isso, se não for revertida até o fechamento dos negócios, a alta observada no início desta sexta-feira pode absorver toda a recuperação registrada pelo dólar nos últimos dias.
"Devemos perder"
Com o dólar em alta e o o receio sobre os impactos econômicos da covid-19, a expectativa também é de queda na Bolsa de Valores de São Paulo. "Aqui, certamente vamos ajustar na abertura para as perdas de ontem, descontada a recuperação de hoje, mas ainda assim deveremos perder aqui patamar que vínhamos citando como o importante a ser preservado, ao redor de 93 mil pontos", afirmou o economista-chefe do modalmais, Alvaro Bandeira.
Ele conta que, depois do baque dessa quinta-feira, as bolsas bolsas mundiais ensaiam uma recuperação nesta sexta-feira. Os principais mercados da Ásia ainda terminaram o dia no vermelho, mas a Europa opera em alta de aproximadamente 1% e os futuros do mercado americano têm altas próximas de 2%.
Por isso, o Ibovespa, que já caído 2,13% na quarta-feira, quando fechou o dia aos 94.685 pontos, portanto, chegou a cair 3% no início do pregão desta sexta-feira. Por volta das 10h45, operava com queda de 2,5%, a aproximadamente 92.300 pontos. Entre as ações, o maior baque é da Petrobras, que chegou a cair 3% por conta do pessimismo sobre a retomada econômica e porque essa onda de mau-humor também afetou os preços internacionais do petróleo.
A alta, contudo, ainda não compensa todas as perdas da quinta-feira. Por isso, a tendência ainda é de queda na B3. Prova disso é que o EWZ, o índice que replica o Ibovespa em Nova York caiu 7,84% nessa quinta-feira, mas nesta sexta sobe apenas 2,4%.
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