Economia

Consumo seguirá limitado

Correio Braziliense
postado em 13/06/2020 04:13
Sidney, da Febraban: atender à demanda reprimida pode acelerar retomada

Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada ontem, aponta que metade dos brasileiros com conta bancária acredita que conseguirá se recuperar financeiramente dos estragos causados pela pandemia do novo coronavírus em até um ano. O levantamento mostra que 84% das pessoas não vão fazer financiamento para aquisição de veículos, 83% descartam empréstimos para comprar imóveis e 82% não irão tomar crédito para construir ou reformar. 

Segundo o Observatório da Febraban, apenas 14% dos entrevistados pretendem aumentar o volume de compras. Outros 44% vão manter e 39%, diminuir. É o caso de Lucas Kenard, 22 anos. Ele explicou que planejava financiar a compra de um carro, mas desistiu. “A pandemia atrapalhou minha vida financeira e, agora, decidi aguardar um pouco mais, até ficar estável”, disse.

A aposentada Patricia Barros, 74, afirmou que a quarentena a fez mudar de  ideia em relação ao consumo. “Com a pandemia, as compras se resumiram a produtos de limpeza e a comida. Assim veio mais economia para meu orçamento.”

A pesquisa da Febraban, que ouviu mil entrevistados em todas as regiões do país, entre 1º e 3 de junho, mostrou, ainda, que 24% esperam a recuperação da economia brasileira em até um ano, e que 43% estimam após dois anos. No atendimento bancário, 46% priorizam o digital e 14%, o presencial. 
 
Consumo
 
As tendências de consumo apuradas mostram que 78% manterão ou vão aumentar a frequência em supermercados e 55% manterão ou vão aumentar a frequência no comércio de rua. O percentual é de 47% para bares/restaurantes e shoppings. Praticamente o mesmo que pretende diminuir a frequência nesses dois tipos de estabelecimento.

“O Observatório pretende se tornar uma relevante fonte de informações sobre as perspectivas da sociedade e o potencial impacto econômico-financeiro, ouvindo a população e estimulando o debate em diversos setores”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney. A maioria dos números pode ser analisada sob um viés otimista, como “uma pista de que existe uma demanda reprimida, que pode ajudar em uma recuperação mais rápida da economia”, afirmou Sidney, em nota. (Colaborou Fernanda Strickland)





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