Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 16:52
Os investidores estrangeiros, que reduziram sua participação no país entre abril e maio (de 9,36% para 9,11%, o equivalente a R$ 367,29 bilhões), retornarão quando houver melhoras no ajuste fiscal, confiança na continuidade das reformas e crescimento econômico. A análise é de Luis Felipe Vital, coordenador-geral de operações da Dívida Pública Federal. “Com isso, teremos um fluxo mais significativo de não-residentes. Mas também não podemos esquecer que essas saídas foram, principalmente, em função da pandemia”, assinalou.Apesar disso, Vital se disse “otimista” com o retorno dos estrangeiros. Ele acredita que “a saída mais forte” já aconteceu e esses recursos tendem a voltar para o país tão logo o Tesouro faça novos leilões de títulos da dívida pública (o próximo será em 1º de julho), no qual o órgão manterá as mesmas estratégias de emissão adotadas até o momento.
Ele também comentou a queda de R$ 8 bilhões na participação das instituições de previdência (de 25,65% para 24,88%), no período. “Isso reflete a percepção de risco desses agentes. Quando isso acontece, eles passam a preferir títulos com prazos mais longos”, explicou Vital. O coordenador-geral da Dívida Pública, informou, ainda, que até o mês de julho, o governo deverá fazer uma revisão no Plano Anual de Financiamento (PAF)
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Questionado sobre a preocupação de um grupo que representa 29 investidores da Europa, Estados Unidos e Ásia e controla mais de US$ 3,6 trilhões em ativos - que enviou uma carta às embaixadas do Brasil nos Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, França, Noruega e Suécia, para discutir as políticas ambientais do país, Vital admitiu que é crescente a atenção dos investidores sobre direitos humanos e ambientais. “Mas tanto o Ministério da Economia, quanto o Banco Central, já esclareceram todas essas questões”, resumiu.
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