Economia

Bolsonaro anuncia mais R$ 1,2 mil de auxílio emergencial

O governo ainda avalia se vai pagar mais duas parcelas de R$ 600 ou vai distribuir esses R$ 1,2 mil em três: uma de R$ 500, outra de R$ 400 e a terceira de R$ 300

Após um dia recheado de reuniões sobre o destino do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro disse que ainda não definiu os valores da prorrogação do benefício. Ele disse que a ideia é transferir mais R$ 1,2 mil para os trabalhadores, mas não sabe ainda se serão duas ou três parcelas. "Os números não estão definidos ainda. Mas a gente vai prorrogar por mais dois meses o auxílio emergencial, que vai partir para uma adequação. Serão com certeza R$ 1,2 mil em três parcelas. Basicamente deve ser dessa maneira. Deve ser, estamos estudando, R$ 500, R$ 400 e R$ 300", disse Bolsonaro na live desta quinta-feira (25/6).

O presidente pontuou, contudo, que haverá uma adequação do valor do benefício nessa prorogação. "Estamos estudando", disse. "Vamos mais três meses descendo. É uma ideia muito boa, presidente. Porque estava em R$ 600 e à medida que a economia começa a se recuperar, começa a andar novamente, as pessoas vão se habituando. Era R$ 600, cai para R$ 500, R$ 400", confirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Bolsonaro também defendeu os valores dizendo que o brasileiro que hoje ganha cerca de R$ 200 do Bolsa Família ainda vai ganhar bem mais que o benefício usual desta forma. "Quando passar para R$ 500, tá ganhando mais uma e meia Bolsa Família. Quando passar a R$ 400, equivale a dois. E R$ 300 é uma Bolsa Família e meia", afirmou.

O presidente disse que a ideia dessa prorrogação é atender os desassistidos, mas ressaltou esperar que o processo de retomada da economia continue Brasil afora para que de fato haja uma recuperação econômica. "Tem coisa que vai demorar. Muita empresa fechou as portas. Por isso, a gente apela aos seus governadores, seus prefeitos, obviamente coma  responsabilidade que é pertinente a cada um, que comece a abrir os mercados, abrir para funcionar", pediu.

Custo 


O ministro da Economia ainda disse que, com a prorrogação do auxílio emergencial, vai chegar a R$ 1 trilhão o impacto fiscal do pacote de enfrentamento ao novo coronavírus. E quase um quarto disso pode sair do auxílio emergencial, segundo os cálculos da equipe econômica. É que, só com as três primeiras parcelas de R$ 600, o programa chegou a R$ 151 bilhões. Com a transferência de mais R$ 1,2 mil para cada trabalhador, esse orçamento deve subir, portanto, pelo menos em R$ 100 bilhões.

"O antigo Bolsa Família estava em R$ 200, o senhor pagou três mais e triplicou a base, porque saímos atrás dos invisíveis", comentou Guedes. Ele lembrou que mais de 64 milhões de brasileiros foram aprovados para receber os R$ 600.

Terceira parcela


O ministro da Economia ainda indicou que o pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial começa neste sábado (27/06) e segue até o sábado da próxima semana (4/7). "Estamos no sábado pagando mais uma parcela para 60 milhões de brasileiros. Nesse próximo sábado, até sabado que vem", comentou Guedes. 

O calendário da terceira parcela, contudo, ainda não foi detalhado. Esse cronograma vai valer para todos os trabalhadores que já receberam as duas primeiras parcelas do auxílio e não são do Bolsa Família. Quem é do Bolsa Família, por sua vez, já começou a receber os R$ 600 no calendário tradicional do Bolsa.