Correio Braziliense
postado em 25/06/2020 20:31
Com o medo de uma nova onda de infecções por covid-19 prevalecendo e aumento de casos em alguns países, especialmente os Estados Unidos o dólar fechou esta quinta-feira (25/6) quase estável sendo vendido a R$ 5,33 e com alta de 0,06%. O índice Ibovespa, principal da bolsa de valores brasileira, por sua vez, teve um avanço menos tímido, de 1,7%, recuperando as perdas de ontem e fechando o pregão em 95.983 pontos. A alta veio nos últimos momentos do dia e foi puxada por ações de bancos e grandes empresas.
Apesar do receio por novos fechamentos da economia, os investidores reagiram a dados melhores do que o esperado nos Estados Unidos com as novas encomendas do núcleo de bens de capital em maio. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) americano definitivo do primeiro trimestre ficou em linha com as expectativas. Os números dos pedidos-desemprego nos EUA também saíram hoje e superaram as expectativas. Totalizaram 1,480 milhão na semana encerrada em 20 de junho. O mercado esperava algo em torno de 1,3 milhão de pedidos.
Victor Beirute, economista da Guide Investimentos explica que, no cenário internacional, o receio dos investidores se mantém em relação a uma segunda onda de covid-19. Mas, com a garantia do governo norte americano de que o país não fechará por completo, há um certo alívio. “As preocupações são as mesmas dos últimos dias. Nos EUA, o número de casos de covid-19 aumentou no Texas, que teve que regressar ao isolamento. De forma geral, os EUA estão voltando ao nível de casos que tinha em abril, o que seria uma segunda onda. Só que o governo está garantindo que não vai ter lockdown", diz ele.
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Para Beirute, a previsão do FMI foi dentro do que já era esperado. "A última leitura foi em abril e agora já dá para ter uma ideia do estrago. Esperamos números tenebrosos no segundo trimestre de 2020. Podem ser os piores números, mas serão o fundo do poço, pois o pior já terá passado. Vai demorar até o fim de 2021 para muitos países se recuperarem, mas, no momento, já é possível ter uma maior clareza sobre o futuro e isso facilita a tomada de risco por investidores” disse o economista.
Também esteve no radar a divulgação do IPCA-15, a prévia da inflação. Ela ficou em 0,02% em junho, após fechar maio em -0,59%. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou uma pacificação institucional ao discursar ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Dias Toffoli.
*Estagiários sob a supervisão de Vicente Nunes
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