Economia

Confiança do Comércio sobe 17 pontos em junho ante maio, para 84,4 pontos

Segundo a FGV, a segunda alta consecutiva na confiança do comércio sugere que o pior momento para o setor pode ter sido em abril

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 17,0 pontos na passagem de maio para junho, para 84,4 pontos, informou nesta sexta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a FGV, a segunda alta consecutiva na confiança do comércio sugere que o pior momento para o setor na crise provocada pela pandemia do novo coronavírus pode ter sido em abril.

"Apesar da melhora do setor nesses dois últimos meses, esse resultado ainda precisa ser visto com cautela por dois motivos: a recuperação representa 60% do que foi perdido entre março e abril; e ainda tem sido muito mais influenciada pela evolução mais forte das expectativas, o que é normal dado o baixo nível de comparação. Para os próximos meses, a elevada incerteza e a fragilidade do mercado de trabalho não permitem observar um cenário de consistente retomada", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em junho, houve melhora na confiança em todos os seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 12,7 pontos, para 82,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 20,6 pontos para 87,5 pontos.

A despeito dos avanços em maio e junho, a forte queda na confiança em abril ainda fez o indicador de confiança encerrar o segundo trimestre com um recuo de 24,3 pontos, o mais agudo da série histórica.

Segundo a FGV, o índice mostrava recuperação gradual desde o final de 2019, aproximando-se mais dos 100 pontos. Ao fim do primeiro trimestre de 2020, as expectativas já começaram a ser afetadas por conta da pandemia, "dando indícios do que estava por vir".

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"Como os dados pontuais dos últimos dois meses mostraram recuperação, a expectativa para o terceiro trimestre é de uma melhora marginal, mas ainda potencialmente abaixo do patamar observado no primeiro trimestre", completou Tobler.

A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 24 do mês, com informações de 708 empresas.