Economia

17,9 milhões ficaram fora da força de trabalho de 31/5 a 6/6 com a pandemia

A taxa de desocupação ficou em 11,8% na primeira semana de junho, ante 10,5% na primeira semana de maio

Correio Braziliense
postado em 26/06/2020 17:10
A taxa de desocupação ficou em 11,8% na primeira semana de junho, ante 10,5% na primeira semana de maioO contingente de pessoas desocupadas somou 11,228 milhões de trabalhadores na semana de 31 de maio a 6 de junho, alta de 14,4% ante os 9,817 milhões de desocupados registrados na primeira semana de maio, entre os dias 3 e 9, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta (26/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outras 17,917 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho, gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por causa da pandemia de covid-19 ou porque não havia vagas em sua localidade.

A taxa de desocupação ficou em 11,8% na primeira semana de junho, ante 10,5% na primeira semana de maio. O IBGE informou que não calculou taxas compostas de subutilização do trabalho na versão semanal da Pnad Covid - uma vez por mês, a nova pesquisa tem uma divulgação consolidada dos dados do mês fechado.

A soma dos desocupados com o contingente de trabalhadores que estavam sem trabalho por causa da pandemia ficou em 29,145 milhões na semana de 31 de maio a 6 de junho, 0,7% acima dos 28,954 milhões da primeira semana de maio. Quando se leva em conta todos os motivos, e não apenas a pandemia, para não procurar emprego, entre as pessoas que gostaria de trabalhar, esse contingente ficou em 38,066 milhões na primeira semana de junho, 1,2 milhões de pessoas a mais do que na primeira semana de maio.

No total, a população ocupada foi estimada em 83,7 milhões de trabalhadores. O número ficou estável em relação à semana anterior (84,4 milhões) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões), indicando que não houve fechamento relevante de vagas no período.

Entre os ocupados, 8,9 milhões (ou 13,2% do total) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (8,8 milhões ou 13,2%) e, também, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%), informou o IBGE.

A taxa de informalidade chegou a 35,6%, crescendo em relação à semana anterior (34,5%) e permanecendo estatisticamente estável (35,7%) ante a semana de 3 a 9 de maio. Segundo o IBGE, 29,783 milhões de trabalhadores estavam em atividades consideradas informais na semana de 31 de maio a 6 de junho, 178 mil trabalhadores a menos do que o contingente registrado na primeira semana de maio.

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Além disso, cerca de 13,5 milhões (16,1% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (14,6 milhões ou 17,2% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).

A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde. A coleta mobiliza cerca de dois mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País. A divulgação desta sexta-feira, 26, da Pnad Covid inclui os dados da primeira semana de junho, após os dados referentes às quatro semanas de maio terem sido divulgados em conjunto. A partir de agora, as divulgações passarão a ser semanais.

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