Correio Braziliense
postado em 28/06/2020 04:14
A renovação do auxílio emergencial está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro. Nem o vice-presidente da Rede de Varejo da Caixa, Paulo Henrique Ângelo, nem o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, falam muito sobre os planos de estender o benefício. E, embora Bolsonaro já tenha garantido o pagamento de mais R$ 1,2 mil, o governo ainda não bateu o martelo sobre como será a distribuição desse recurso. O presidente defende a redução gradual do auxílio emergencial, por meio do pagamento de três parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, mas boa parte da sociedade civil e do Congresso Nacional é contra a redução do valor do benefício.O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos que defendem a manutenção do auxílio em R$ 600. Há até um projeto de lei em tramitação no Congresso que pede a prorrogação dos R$ 600, neste valor, até o fim do ano. A proposta foi apresentada pelo deputado João Campos (PSB-PE) com apoio de mais 45 parlamentares de nove partidos diferentes e do movimento Renda Básica que Queremos, que é organizado por entidades como o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e por especialistas como Mônica de Bolle, Tatiana Roque e Eduardo Suplicy.
"Defendemos o pagamento dos R$ 600 enquanto durar o estado de calamidade pública porque o ciclo da pandemia não se deu de maneira uniforme no país e os desafios socioeconômicos deixados pelo coronavírus não serão sanados no curto prazo. Por isso, esse recurso será importante para a sobrevivência desses trabalhadores e para a retomada da economia", argumentou João Campos, que também trabalha na criação de uma Frente Parlamentar da Rede Básica para discutir os rumos dos programas sociais no pós-pandemia.
O governo de Jair Bolsonaro anunciou a pretensão de criar um novo e único programa social, o Renda Brasil, para atender tanto aos brasileiros de baixa renda que hoje recebem o Bolsa Família, quanto aos informais que hoje recebem os R$ 600. Barreto confirmou que os estudos sobre o Renda Brasil estão avançando no Ministério da Cidadania, no Ministério da Economia e no Palácio do Planalto. E a ideia é de incorporar no novo programa as informações dos mais de 40 milhões de “invisíveis” e a experiência de transferência digital de renda proporcionada pelo auxílio emergencial. O Renda Brasil deve ampliar a base de transferência de renda do Bolsa Família e oferecer políticas de fortalecimento dos trabalhadores informais. (MB)
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