Depois de registrar queda por dois meses seguidos, a produção industrial cresceu 7% em maio frente ao mês anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (2/7). Em abril, o tombo foi histórico, de 18,8%, e, em março, a atividade tinha recuado 9,2% na mesma base de comparação.
No entanto, ainda não dá para comemorar esse princípio de retomada das atividades do setor produtivo em meio à crise provocada pela covid-19. Em relação ao mesmo período de 2019, a queda foi de 21,9%, conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE. É o sétimo resultado negativo consecutivo na comparação anual e o segundo pior da história, superado apenas pelo tombo do mês passado, de 27,3%.
Conforme os dados do IBGE, as produções de bens duráveis e de bens de capital foram as que tiveram as maiores variações na comparação com abril, de 92,5% e de 28,7%, respectivamente. Contudo, em relação a maio de 2019, também registraram os maiores tombos, de 69,7% e de 39,4%, respectivamente.
Os dados de maio na comparação com abril ainda mostram que o crescimento foi generalizado em 20 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades com resultados mais positivos a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, teve destaque com crescimento de 244,4%. O setor de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis avançou 16,2% e o de bebidas, 65,6%.
Esses desempenho positivo foi impulsionado,”em grande medida, pelo retorno da produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as paralisações/interrupções da produção ocorridas em várias unidades produtivas, devido aos efeitos causados pela pandemia da covid-19”, informou o IBGE.
Os dados da PIM ainda mostram que a expansão de 7% de maio é a mais elevada desde junho de 2018, de 12,9%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a produção industrial ainda registra queda de 11,2%. E, em 12 meses, o recuo da atividade da indústria foi de 5,4%.
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