Economia

"Auxílio não pode durar"

Correio Braziliense
postado em 03/07/2020 04:14
Caixa já liberou R$ 122,5 bilhões para quase 65 milhões de pessoas

Dois dias após sancionar a prorrogação do auxílio emergencial por mais duas parcelas, o presidente Jair Bolsonaro disse que o benefício não pode ser mantido por muito mais tempo. Segundo ele, o país está se endividando devido à concessão dos R$ 600.

Ontem, durante live nas redes sociais, ele disse entender que o dinheiro é importante “para fazer compra, para necessidades básicas”, mas alertou que “são R$ 50 bilhões por mês” para garantir o pagamento do programa.

“Assinei o decreto (de prorrogação) esta semana. Mais duas parcelas que vão cobrir julho e agosto. Não podemos continuar por muito tempo, não é dinheiro que está sobrando, estamos nos endividando com isso. A gente apela aos prefeitos e governadores, cada vez mais, com responsabilidade, abrir o comércio e botar a economia para funcionar”, afirmou.

Ontem foi o último dia para as pessoas requisitarem o auxílio emergencial. Segundo balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal, até agora, dos 108,9 milhões de cadastros feitos para receber o auxílio emergencial, 107,7 milhões já haviam sido processados. No entanto, cerca de 1,2 milhão de pessoas ainda aguardam a primeira análise pela Dataprev. Outras 700 mil passam por reanálise.

Foram consideradas aptas a receber os R$ 600 cerca de 65,2 milhões de cidadãos; já os inelegíveis — aqueles que não têm direito ao benefício, somam 42,5 milhões.

Com o encerramento de pedidos, a partir de hoje, os canais da Caixa estarão disponíveis apenas para outras funções, como o acompanhamento da solicitação. Quem se cadastrou dentro do prazo terá o pedido analisado e, caso seja considerado elegível, poderá receber as cinco parcelas.

Segundo dados da Caixa Econômica Federal, o total de pagamentos das parcelas 1, 2 e 3 até agora alcançou R$ 112,5 bilhões, para 64,9 milhões de beneficiários.

A região Sudeste foi a que mais teve pagamentos, com R$ 41 bilhões (36%) do total. Em seguida está o Nordeste, com 39,8 bi (35,4%) e Norte, com R$ 12,2 bilhões (10,8%). O Sul, com R$ 11,5 bilhões (10,2%) e Centro-Oeste, com R$ 8 bilhões (7,1%), aparecem por último.

*Estagiários sob supervisão de Odail Figueiredo





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