Economia

Mercado S/A

"Mercado imobiliário, a indústria pesada e o varejo estão na linha de frente da recuperação da economia, mas há o temor da 2ª onda do coronavírus"

Correio Braziliense
postado em 03/07/2020 04:14


Para Itaú, pior da crise já passou
O Itaú acha que o pior da crise ficou para trás. Pelo menos é isso o que aponta o indicador Itaú Daily Activity Tracker (Idat), lançado em março para fazer o acompanhamento diário do ritmo da economia. O índice leva em conta os gastos com energia elétrica e dados internos da instituição relativos a despesas com cartão de crédito nos setores de bens e serviços –– são termômetros importantes para entender o humor dos consumidores e das empresas. A trajetória do Idat mostra que ele atingiu o ponto mais baixo em 28 de março, quando cravou 55 pontos. Desde então, passou a subir. Em abril, a média foi a 66 pontos, avançando em maio (73 pontos) e junho (82 pontos). Diversos setores detectaram mudanças positivas. O mercado imobiliário, a indústria pesada e o varejo estão na linha de frente da recuperação. Mesmo assim, nunca é demais lembrar: o temor de uma segunda onda do coronavírus é justificável e pode levar o mundo novamente para a estaca zero.




"Algumas pessoas estão basicamente ignorando a epidemia, tratam como se fosse uma coisa política. Isso é lamentável”
Bill Gates, fundador da Microsoft



Vendas de cosméticos disparam na pandemia
É curioso como algumas previsões feitas por “especialistas” são equivocadas. No início da pandemia, consultores afirmaram que as vendas de cosméticos sofreriam severos daNos com o isolamento social. Na lógica deles, as pessoas deixariam a vaidade de lado ao não sair de casa. Isso não se materializou –– pelo menos não no e-commerce. De acordo COM a agência de marketing Corebiz, as vendas on-line de cosméticos subiram 68% no período da crise. O desempenho dos batons foi melhor, com alta de 200%.



Sete
em cada dez empresas perderam faturamento na crise do coronavírus, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria/CNI




Um terço das grandes marcas não vai anunciar nas redes sociais
As redes sociais estão na mira das grandes empresas. Segundo pesquisa realizada pela Federação Mundial de Anunciantes, um terço das maiores marcas do mundo suspenderá campanhas de publicidade em mídias digitais. Os anunciantes alegam que estão incomodados com os discursos de ódio que se alastram pela internet. O estudo traduz a indisposição do mercado: foram consultadas empresas que, juntas, respondem por US$ 90 bilhões anuais em gastos com publicidade.




Home office expõe conflito de gerações
O home office funcionou para a maioria das empresas, mas muitos executivos têm dificuldade para aceitar que os subordinados fiquem em casa, mesmo se forem produtivos. “Ouvi de meu chefe que as pessoas querem o home, mas não office”, diz o diretor de uma multinacional da área de alimentos. “Tenho 38 anos e ele, 60. Nossas visões de mundo são diferentes. Ele não aceita a ideia de que é preciso dar autonomia para os funcionários. O home office está criando um conflito de gerações nas companhias”.





Rapidinhas

» O setor aéreo ensaia uma recuperação. Em maio, a demanda global pelo transporte de cargas caiu 20% em relação ao mesmo mês do ano passado. Não é tão ruim assim: em abril, o recuo havia sido de 26%. Os dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo sugerem uma lenta retomada no ritmo da reabertura das economias.

» O fechamento do comércio na pandemia pode ter sido fatal para a NPC International, maior franqueadora da Pizza Hut dos Estados Unidos. Sufocada por dívidas de quase US$ 1 bilhão, a empresa entrou com pedido de proteção contra falência. A NPC é dona de 1,2 mil lojas da Pizza Hut e de 380 da rede Wendy’s, em 27 estados americanos.

» A indústria automotiva tem motivos para comemorar os 122.790 emplacamentos de veículos leves em junho. O resultado mensal superou a marca de 100 mil unidades, pela primeira vez, desde o início da pandemia. As vendas totais correspondem a mais do que o dobro (117%) do desempenho de maio.




» O Instituto Coalizão Saúde (ICOS), presidido pelo médico Claudio Lottenberg, realizará um evento on-line aberto ao público na próxima terça-feira para discutir o futuro da saúde no pós-pandemia. O evento contará com a presença ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), e de Giovanni Cerri, ex-secretário de Saúde do estado de São Paulo.




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