Economia

Transporte perde mais de 20 mil empregos formais em maio

Análise da CNT mostra que foram fechadas 20.852 vagas de trabalho com carteira assinada no setor; de março a maio, foram mais de 56 mil vagas perdidas

Correio Braziliense
postado em 03/07/2020 14:04
Confederação Nacional do Transporte (CNT)O setor de transporte fechou 20.852 vagas de trabalho com carteira assinada no mês de maio deste ano. Esse é o quarto pior saldo da série histórica para o setor. A maior perda foi registrada nos segmentos de transporte rodoviário de passageiros, com 12.342 (59,2%) vagas fechadas, e de cargas, com 7.955 (38,1%) empregos formais perdidos.

Divulgados na nova edição do boletim Economia em Foco, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), nesta sexta-feira (3), os números consideram o saldo entre admissões e demissões formais que ocorreram no período, de acordo com o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia.

De março a maio de 2020, foram perdidos foi de 56.117 postos -- valor próximo das 60.541 vagas que a atividade transportadora perdeu ao longo de um ano completo de recessão econômica no país, em 2015.

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Segundo a análise da CNT, a quantidade de demissões poderia ter sido ainda maior não fossem as alternativas de suspender temporariamente os contratos de trabalho e de recorrer à redução temporária proporcional de jornada e salários -- disponibilizadas pelo governo federal às empresas por meio da Medida Provisória n.º 936 - durante a pandemia do novo coronavírus.

O presidente da CNT, Vander Costa, alertou que a crise que afeta o setor ainda pode se agravar. “Não se pode descartar um cenário de novas demissões nos próximos meses, dadas as dificuldades financeiras que vêm sendo apontadas por um grande número de empresas do setor em pesquisas realizadas pela CNT para avaliar o impacto da Covid-19 no transporte”, avaliou.

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