Economia

Mercado S/A

Correio Braziliense
postado em 06/07/2020 04:21
Apesar de todas as dificuldades impostas pelo excesso de burocracia, carga 
tributária elevada e entraves regulatórios, o país é, hoje, um celeiro de startups



O Vale do Silício brasileiro?
Os moradores da aprazível São Roque, a 70km de São Paulo, vivem a expectativa de uma explosão imobiliária. É na cidade que a corretora XP irá construir sua nova base, a Villa XP, que nasce inspirada na sede futurista que a Apple ergueu em Cupertino, na Califórnia. A ideia da XP é ser o ponto de partida para a região se tornar uma versão brasileira do Vale do Silício, atraindo empresas, principalmente, da área de tecnologia ou, ao menos, com forte vocação inovadora. De fato, a ideia parece promissora. Não existe no Brasil algo parecido. Apesar de todas as dificuldades impostas pelo excesso de burocracia, carga tributária elevada e entraves regulatórios, o país é, hoje, um celeiro de startups, fenômeno confirmado por diversos rankings internacionais. O projeto de Guilherme Benchimol, fundador da XP, tem feito barulho. Municípios nos arredores de São Roque já detectaram o aumento da procura por casas e terrenos, o que também foi estimulado pelo home office.



Lenda da NBA dará dicas de investimentos
Magic Johnson, o lendário jogador da NBA, será um dos participantes da 10ª edição da feira de investimentos Expert XP. Dono de cinco títulos da liga de basquete, Johnson lidera uma empresa de investimentos focada no socorro a comunidades vulneráveis. O coronavírus obrigou a XP a fazer ajustes. Pela primeira vez serão cinco dias (14 a 18 de julho) de debates on-line. Além de Johnson, outros 70 participantes confirmaram presença, como o americano Ray Dalio, que tem US$ 138 bilhões sob gestão.



Elon Musk riu por último
Nos últimos anos, Elon Musk, fundador da Tesla, foi desprezado por partes da imprensa e do setor empresarial dos Estados Unidos, tendo sido tratado por muitos como um maluco incorrigível. Desde a abertura de capital, há uma década, as ações da Tesla subiram 5.700%. Resultado: o valor de mercado da empresa chegou a US$ 200 bilhões — mais do que o PIB de muitos países. Além disso, a Tesla tornou-se a montadora mais valiosa do mundo, ultrapassando a japonesa Toyota. Musk riu por último.



Jeans à prova de coronavírus
A indústria de vestuário corre para criar tecidos que neutralizem o coronavírus. Há alguns dias, marcas como Lupo e Malwee informaram que suas máscaras e camisetes são 99% imunes à covid-19. Agora é a vez de a multinacional brasileira Vicunha lançar um modelo de jeans que, segundo a empresa, tem efeito antiviral comprovado por pesquisas. A Vicunha diz que o tecido é fabricado a partir da combinação de sais de prata e vesícula lipossomal, substância presente em remédios contra o câncer.



“Anos de mercado podem ser destruídos se o consumidor tiver uma experiência ruim no aplicativo da empresa”
Laércio Albuquerque, presidente no Brasil da gigante de tecnologia Cisco



R$ 75 bilhões 
É quanto os investidores estrangeiros sacaram da Bolsa brasileira em 2020



Rapidinhas
Um levantamento realizado pelo site Reclame Aqui listou as empresas de melhor desempenho na pandemia. Segundo a pesquisa, entre 15 de março e 16 de abril, a rede de centros médicos Dr. Consulta alcançou 94,29% no índice de soluções de problemas apontados por clientes. O Hospital Albert Einstein e a seguradora Porto Seguro aparecem na sequência.

As redes de supermercados descobriram a força do e-commerce. Segundo a consultoria Nielsen, as vendas do Grupo Pão de Açúcar cresceram 76% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado. O potencial é imenso: o e-commerce responde por apenas 3% das receitas do varejo de alimentos do GPA.

A B2W Digital, dona das marcas Americanas, Shoptime, Sou Barato e Submarino, quer atrair mais mulheres para a empresa. Há alguns dias, abriu seu processo seletivo para a contratação de desenvolvedoras — sim, apenas profissionais do sexo feminino serão aceitas. A ideia é reforçar a presença feminina na área de TI, ainda bastante fechada para elas.

As restrições impostas por Estados Unidos e União Europeia à entrada de brasileiros e o dólar caro aumentaram a procura por destinos domésticos. Segundo a empresa de e-commerce de turismo Booking.com, entre março e abril, 51% dos viajantes procuraram por rotas nacionais. Há um ano, o índice era de 33%.


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