Economia

ANTT assina contrato de concessão da BR-101 Sul com CCR

Projeto prevê investimentos da ordem de R$ 7 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão. Empresa promete gerar em torno de 3,7 mil empregos no estado de Santa Catarina

Correio Braziliense
postado em 06/07/2020 13:07
Projeto prevê investimentos da ordem de R$ 7 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão. Empresa promete gerar em torno de 3,7 mil empregos no estado de Santa CatarinaRodovia que corta toda Santa Catarina, a BR-101 teve a duplicação do trecho Norte iniciada em 1993. No trecho Sul, os trabalhos começaram em 2005 e só terminaram em outubro de 2016. Nesta segunda-feira (6/7), parte da saga de mais de duas décadas da duplicação da 101 terminou com a assinatura da concessão do trecho de 220,4 quilômetros, entre Paulo Lopes e São João do Sul, que liga Florianópolis ao Rio Grande do Sul. A concessionária CCR assume o projeto, que demandará, ao longo dos próximos 30 anos, investimentos da ordem de R$ 7 bilhões em conservação, operação e monitoramento da via, gerando, aproximadamente, 3,7 mil empregos diretos e indiretos em Santa Catarina.

A assinatura contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. A cerimônia foi realizada no saguão do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. “Nossas concessões salvam vidas e geram riqueza. Parabéns à CCR que estudou, confiou no projeto e fez uma proposta agressiva porque enxergou sinergias que existem no trecho Sul. Santa Catarina ganhou uma grande concessionária”, disse. Segundo ele, outros projetos de infraestrutura estão previstos no estado. “Teremos muita coisa boa acontecendo: aeroportos regionais, o Porto de Itajaí. A infraestrutura do estado estará à altura do potencial econômico de Santa Catarina”, prometeu. 

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O trecho concedido tem 220,42 km de extensão passa pelos municípios de Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Treze de Maio, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Maracajá, Araranguá, Sombrio, Santa Rosa do Sul e São João do Sul. O empreendimento prevê investimentos de R$ 3,4 bilhões e custos operacionais de R$ 4 bilhões, nos 30 anos de duração da concessão. Marco Cauduro, CEO da Concessionária Catarinense de Rodovias S.A (CCR), afirmou que a empresa tem “responsabilidade diante dessas comunidades”. 

O diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Vinaud Prado, destacou que o contrato de concessão foi bem elaborado. “Temos certeza do compromisso da concessionária. Da ANTT, podem esperar o melhor em termos de gestão e fiscalização”, garantiu. A vice-governadora Daniela Reinehr ressaltou que Santa Catarina agrega para a balança comercial do país. “A concessão terá um retorno rápido aos cofres públicos e ao desenvolvimento do estado”, completou.

Com a nova concessão, a CCR amplia para 3.955 quilômetros a malha viária sob sua administração, o que consolida a liderança nacional da companhia na gestão de rodovias privadas no País. Essa é a primeira concessão que o Grupo CCR conquista em Santa Catarina, expandindo a sua presença na região Sul. A rodovia é a principal conexão com o Rio Grande do Sul, e integra-se com o trecho já operado pela CCR ViaSul.

Além de ampliar a infraestrutura viária na região,a concessão promete implementar painéis solares na instalação de nova iluminação ao longo do trecho concedido. Também serão construídas 18 passarelas, 42 novos retornos, melhoria e ampliação de 31 acessos e 25 novos pontos de ônibus. “A CCR ViaCosteira ainda contará com um moderno sistema de câmeras que se estendem por todo o trecho, permitindo que não haja nenhum ponto cego ao longo dos 220,4 quilômetros. Com seis bases operacionais, a concessionária também contará com equipes de resgate em UTIs Móveis, além de outros equipamentos de atendimento, como guinchos”, explicou a concessionária.

O leilão da BR-101/SC, sob a responsabilidade da ANTT, aconteceu em 21 de fevereiro de 2020, na sede da B3, em São Paulo. O Grupo CCR venceu ao oferecer deságio de 62% sobre o preço teto fixado pela agência reguladora. A tarifa básica de pedágio começará a ser cobrada nas quatro praças de pedágio após serem realizados os investimentos iniciais.

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