De acordo com fontes palacianas, a reunião visa a unificar e padronizar o discurso do governo brasileiro “em vista dos interesses com eventuais dúvidas de investidores estrangeiros” para reuniões futuras.
Participam do encontro convocado por Mourão e previsto para às 15h os ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil; Ernesto Araújo, das Relações Exteriores; Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Fábio Faria, das Comunicações; Ricardo Salles, do Meio Ambiente; Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central; e Sergio Ricardo Segovia, Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O desmatamento da Amazônia aumentou 34,4% no período, entre agosto de 2018 e julho de 2019, na comparação com os 12 meses entre agosto de 2017 e julho de 2018, chegando a 10.129 km2, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontaram o maior desmatamento anual desde 2008. Esse avanço no desmatamento foi o maior desde 2000/2001.
Mourão é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, instaurado no início do ano por Bolsonaro. Ontem, líderes de 38 grandes empresas brasileiras e estrangeiras e de quatro entidades setoriais do agronegócio, do mercado financeiro e da indústria enviaram uma carta-manifesto ao vice-presidente manifestando preocupação com o desmatamento. A assessoria do vice-presidente não comentou sobre o documento e nem confirmou o recebimento da carta até o momento, pois os assessores mais próximos do vice-presidente estão fora de Brasília.
À noite, Mourão viaja para um encontro com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em Belém. Ele vai cumprir agenda amanhã de uma visita protocolar pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, com encontros com entidades empresariais, comerciais e da indústria. a visita também inclui também ida à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).